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ABEA posiciona-se contra bebidas alcoólicas na Copa de 2014

postado em 24/06/2009 19:05
No último dia nove de junho, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) assinou um documento que altera a regulamentação sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios brasileiros, durante o período da competição. A pedido da Fifa (Federação Internacional de Futebol e Associados), a entidade máxima do futebol nacional liberou o consumo de cervejas nas arenas-sedes da Copa de 2014. Entretanto, a decisão regulamentada pela confederação acarretou em protestos, como divulgou nesta terça-feira a ABEA (Associação Brasileira de Estudos do Álcool). Segundo a organização, a liberação de bebidas alcoólicas nos estádios-sede de 2014 poderia trazer problemas à saúde pública e, principalmente, à segurança dos municípios. A ABEA aponta que o acordo firmado entre a CBF e a Fifa é originalmente de ordem econômica, deixando de lado a preocupação com a violência nas cidades que receberão os 64 confrontos do Mundial. A ABEA classifica de forma diretamente proporcional o consumo de bebidas alcoólicas com o aumento da violência nos estádios. A entidade, em nome da presidente, Analice Gigliotti, pede à CBF e ao COL (Comitê Organizador Local da Copa de 2014) reconsiderar a decisão firmada com a Fifa, alegando que as conseqüências seriam a melhoria da qualidade no espetáculo esportivo e o aumento da qualidade de vida na população brasileira durante o evento. Em contrapartida, o acordo entre a CBF e a Fifa deve-se exclusivamente ao contrato da entidade máxima do futebol com a cervejaria Budweiser até 2014. A marca norte-americana possui direito de comercialização dos seus produtos nos estádios do Mundial, o que seria contrário à regulamentação da confederação brasileira, a qual proíbe o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios e regiões próximas. O acordo da Fifa com seus patrocinadores da Copa do Mundo representam mais de um quarto da renda da entidade. Os acordos de marketing para o Mundial de 2014 foram assinados em sua maioria, o que trará muita dificuldade para associações como a ABEA derrubar as assinaturas do último dia nove de junho.

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