postado em 28/06/2009 08:00
O título da Copa das Confederações será decidido neste domingo, às 15h30 (de Brasília) no Ellis Park em Joanesburgo, entre dois países do continente americano que obtiveram trajetórias diferentes ao longo do torneio sul-africano: o Brasil, que vive um ótimo momento sobretudo graças ao questionado técnico Dunga, e os Estados Unidos, que operaram dois milagres nos últimos dias até chegar como zebra à final.[SAIBAMAIS]
A seleção brasileira, que chegou à África do Sul com um grupo fechado com os objetivos e a mentalidade de Dunga, ganhou ainda mais forma ao longo das Confederações. Depois de um triunfo suado por 4 a 3 contra o Egito na estreia, a equipe terminou a primeira fase de forma irretocável, com dois espetáculos diante de EUA e Itália.
Nas semifinais, foi a vez de os pupilos de Dunga mostrarem que absorveram um pouco da raça apresentada pelo ex-volante sobretudo na década de 1990. Contra os anfitriões da África do Sul, triunfo por 1 a 0 com um gol aos 42 minutos do segundo tempo. A estrela do treinador também brilhou com o gol do lateral destro Daniel Alves, que entrou para jogar na esquerda no lugar de André Santos aos 38 minutos do segundo tempo. Aos 42, corria para comemorar a classificação.
Do outro lado, o time dos Estados Unidos joga pelo ;Sonho Americano;, termo criado na década de 1930 por James Adams. Uma das premissas do American Dream é de que "cada homem e mulher tem o direito de alcançar a máxima importância possível e ser reconhecido pelo que é, independentemente da circunstância de nascimento ou posição social".
E a seleção norte-americana pode conseguir exatamente isso: mostrar que tem capacidade de enfrentar a todos, de igual para igual, apesar de o futebol masculino não ser muito difundido naquele país. Pouquíssimo cotado para chegar tão longe em um torneio com Itália, Espanha e Brasil, o time orientado por Bob Bradley reagiu na última rodada da primeira fase, venceu o Egito por 3 a 0 e passou às semifinais. Diante da Fúria, favorita, esbanjou comportamento tático e saiu de campo com um triunfo por 2 a 0.
Embora o Brasil tenha derrotado os norte-americanos por 3 a 0 na primeira fase, desta vez os representantes do futebol pentacampeão mundial estão cautelosos para o embate na final. "Sabemos que o nosso time é muito forte, mas também tempos que mostrar esforços para vencer", receitou o volante Felipe Melo.
O técnico Dunga reforçou a opinião do meio-campista. "Os Estados Unidos demostraram ser um time de reação na primeira fase e depois venceram a Espanha, que era a grande favorita. Para derrotar uma seleção como a espanhola é preciso ter qualidade, algo que foi demonstrado pelos norte-americanos", comentou.
Exceção do zagueiro Juan, que se machucou há uma semana contra a Itália, o Brasil não terá desfalques no jogo que separa a seleção do terceiro título na Copa das Confederações. Os Estados Unidos, por sua vez, não poderão contar com o meia Michael Bradley, expulso nos minutos finais do jogo contra a Espanha. O filho do treinador deverá ser substituído por DaMarcus Beasley.
O lateral esquerdo Carlos Bocanegra, confirmado no time norte-americano, deu um aviso a Dunga antes da final: os Estados Unidos vão para o ataque na final. "Respeitamos muito o Brasil no primeiro jogo e é preciso mudar algo para o jogo de agora. Vamos para cima, queremos nos impor. Não podemos ficar atrás", avisou.
FICHA TÉCNICA - BRASIL X EUA
Local: Estádio Ellis Park, em Joanesburgo (África do Sul)
Data: 28 de junho de 2009, domingo
Horário: 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Martin Hansson (SUE)
Assistentes: Henrik Andren e Fredrik Nilsson (ambos da Suécia)
BRASIL: Júlio César; Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.
Técnico: Dunga
EUA: Tim Howard; Jonathan Spector, Oguchi Onyewu, Jay DeMerit e Carlos Bocanegra; Ricardo Clark, Clint Dempsey, DaMarcus Beasley (Benny Feilhaber) e Landon Donovan; Charlie Davies e Jozy Altidore.
Técnico: Bob Bradley