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Brasil conquista primeiro título no futsal da Era Marcos Sorato

postado em 05/07/2009 12:07
Em seu primeiro torneio como técnico da seleção brasileira de futsal, Marcos Sorato não decepcionou. Com uma vitória por 7 x 1 sobre o Irã neste domingo (5/7), em Anápolis (GO), o time verde-amarelo conquistou o Grand Prix 2009, torneio que reuniu 16 países em Goiás. Em cinco edições, é a quinta vez que o Brasil fica com o título da disputa. O torneio também marcou o reencontro dos jogadores campeões mundiais com a camisa amarela, o que não acontecia desde a obtenção da taça, no último mês de outubro - neste período, o time nacional até se reuniu em algumas oportunidades, mas sempre com um grupo misto ou totalmente formado por jogadores que ainda buscam chance na equipe. Os gols deste domingo foram marcados por Wilde (3), Ari, Falcão e Lukaian. Ghazi (contra) e Soltani completam a relação. Apenas três atletas que subiram ao ponto mais alto do pódio no Rio não puderam atuar no Grand Prix: Lenísio e Marquinho, contundidos, além de Schumacher, que pediu dispensa para cuidar de problemas pessoais. Eles foram substituídos por Valdin, Neto e Lukaian, que nesta semana embarcam com o time "B" do Brasil para a disputa dos Jogos da Lusofonia, em Portugal. Foi uma campanha sensacional do Brasil, que em seis jogos marcou 56 gols e sofreu apenas seis. O Grand Prix só não foi perfeito para o time verde-amarelo porque o ala Falcão não conseguiu superar o recorde de 278 gols gols de Manoel Tobias com a camisa verde-amarela. Com dez na disputa, o jogador da Malwee teve como consolação a artilharia do campeonato. Ele acumula 276 tentos com a camisa verde-amarela. A terceira colocação do Grand Prix ficou com a surpreendente Romênia. Vítima da maior goleada da competição (12 x 0 feitos pelo Brasil na semifinal), a equipe bateu a República Tcheca por 4 x 2 e conseguiu o bronze logo em sua primeira participação na disputa. "Eu e meus companheiros não estamos acreditando até agora que conquistamos este feito, algo inédito para o futsal do nosso país", admitiu o jogador Emil Raducu. Brasil e Irã já haviam decidido o título do Grand Prix 2007, em Santa Catarina, com vitória para os donos da casa por 4 x 0. Os dois times também se encontraram non último Mundial, em partida dura vencida pelos brasileiros pelo placar mínimo e em dois amistosos no mês de março, cujos placares foram de 4 x 2 e 2 x 2.Desta vez, no entanto, as coisas foram bem mais fáceis para o Brasil. Quinto colocado o último Mundial, o Irã seguiu o exemplo das outras seleções estrangeiras no Grand Prix e veio com um time renovado a Goiás - apenas quatro jogadores presentes na boa campanha jogaram o torneio. Eles foram apoiados por cerca de 30 barulhentos torcedores presentes no ginásio Newton de Faria. O Brasil foi para cima logo em seu primeiro lance de jogo. Assim que o duelo foi iniciado, Vinícius tocou a bola para Wilde, que obrigou o goleiro Abririnia a provar que estava atento. A partida então teve um momento truncado no meio de quadra, mas, com 3min46s Gabriel cruzou e o ala Ghazi errou o corte, marcando contra e abrindo o placar. O lance não abalou os iranianos, que lançaram-se à frente. Em rápido contra-ataque, o pivô Daneshvar ficou cara a cara com Franklin, que fez excelente defesa. E o arqueiro teve que trabalhar mais até que, com cinco minutos, Carlinhos voltou a fazer o Brasil assustar, acertando a trave em um chute a longa distância. O segundo gol veio com menos de oito minutos: após pedalar na frente de um adversário, Valdin abriu pela esquerda para Ari, que veio de trás para estufar as redes. Técnico do Irã, Hossein Shams pediu tempo técnico, mas de nada adiantou, já que logo na sequência Carlinhos colocou Falcão de cara com Abrarinia e o ala só teve o trabalho de dar um toquinho por cima do goleiro. Precisando de buscar o resultado, o Irã passou a ter maior posse de bola, mas, sem articulação entre ataque e defesa, pouco conseguia chegar. E, quando isso acontecia, os estrangeiros paravam nas mãos de Franklin. Quando os visitantes pareciam estar próximos de seu primeiro gol, Wilde resolveu brilhar: aos 13min23s, o pivô fez o quarto depois de receber passe de Gabriel. Menos de 30 segundos depois, ele marcou de novo, com um chute dado após um belo giro em cima do ala Kiyaei: 5 x 0, que deram números finais à primeira etapa. O primeiro lance de perigo do segundo tempo veio com 2min20s: frente a frente com o goleiro reserva Mahdavi, Gabriel driblou o rival e, a dois metros do gol, chutou alto, para fora. Wilde também tentou, forçando o iraniano buscar uma bola rasteira no cantinho, batendo a cabeça. Ari e Falcão também tentaram, mas não obtiveram sucesso, ao contrário de Soltani, que descontou para o Irã aos 10min20s aproveitando cobrança de escanteio. Mesmo com a taça já praticamente assegurada, o Brasil seguiu tentando ampliar e foi premiado aos 14 minutos, quando Wilde completou rebote dado por Mahdavi após chute dele mesmo. A três minutos e meio do fim, com um corte que deixou Soltani no chão, Lukaian encerrou a goleada que deu mais um título aos brasileiros.

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