postado em 07/07/2009 09:17
Conciliar o manejo da raquete e da cadeira de rodas pode até parecer fácil para quem vê os atletas paraolÃmpicos de tênis se movimentando em quadra com tanta habilidade. Superar as dificuldades, contudo, de "correr com as mãos", executar com perfeição os golpes e se consagrar o melhor tenista em cadeira de rodas do paÃs é um desafio enorme que depende de muita raça.
"A maior dificuldade é a movimentação. Mas, com o tempo e a prática, vai melhorando", garante o técnico da seleção brasileira e brasiliense, Wanderson Cavalcante. De acordo com o treinador, hoje, o Brasil possui cerca de 80 praticantes. Em BrasÃlia, são 25 das mais diferentes idades. O esporte adaptado dá chances para os jovens e os velhos. Não existe discriminação como no esporte comum, julga Cavalcante. O Brasil está ganhando adeptos. No entanto, ainda faltam mulheres, crianças e quad para o tênis em cadeira de rodas, completou.
O brasiliense Rodrigo Campos Oliveira é o único atleta quad do paÃs. Rodrigo, que treina no Cetefe (Centro de Treinamento de Educação FÃsica Especial) gratuitamente, graças ao apoio do Enap e da Secretaria de Estado e Educação do Distrito Federal, recebeu um convite da ITF (Internacional Tennis Federation) e participará pela primeira vez de um torneio mundial, o British Open. "Estou curioso para saber como estou em relação aos atletas mundiais", afirmou, ansioso.
Juntamente com Rodrigo, em dia 17 de julho, embarcam rumo à Inglaterra mais cinco atletas. Carlos Santos, o Jordan (DF), MaurÃcio Pommê (SP) e Daniel Rodrigues MG) - representando a equipe masculina - e Nathália Mayara Azevedo da Costa (DF) e Pedro Rocha (SP) - categoria juniores - disputam, de 27 de julho a 2 de agosto, o World Team Cup, em Londres.
Quad
É o atleta que tem certo de grau de comprometimento também nos movimentos dos braços
Saiba mais
World Team Cup
32 paÃses participam das disputas masculinas, divididos em duas chaves de 16. Os dois últimos da chave principal caem para o Grupo 2. O campeão e o vice do segundo grupo ganham vaga para o Grupo 1. No juniores são oito paÃses competindo. Os quatro primeiros classificados garantem vaga para o torneio do próximo ano. A escolha dos outros quatro participantes fica a cargo da ITF (Internacional Tennis Federation).
Como funiona
O tênis paraolÃmpico é disputado nas mesmas quadras do tênis convencional (grama, saibro ou piso duro) e as regras são as mesmas, exceto por uma adaptação: na categoria paraolÃmpica, a bola pode quicar até duas vezes antes de ser rebatida.
Onde treinar
Centro de Treinamento de Educação FÃsica Especial (Cetefe), dentro da Enap (final da Asa Sul)
Telefone: 3245-6994