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À espera de Iziane, Bassul nega imposição de Hortência

postado em 09/07/2009 10:34
Sucessor de Gerasime "Grego" Bozikis na presidência da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Carlos Nunes defendeu a volta de Iziane à seleção abertamente desde o início de sua gestão. A princípio, o dirigente não confirmou a permanência de Paulo Bassul no comando do time nacional e nomeou Hortência para cuidar do basquete feminino. Mantido na equipe, o treinador voltou a convocar a atleta do Atlanta Dream, afastada da seleção desde o Pré-Olímpico de 2008, quando descumpriu uma ordem e se recusou a entrar em quadra durante uma partida. Enquanto espera pela resposta da ala, chamada para jogar a Copa América, Bassul assegura que Hortência não impôs o retorno de Iziane e garante que isso não foi uma condição para mantê-lo no cargo. "Depois de já ter acertado comigo, ela disse que gostaria de resgatar a Iziane e me perguntou se eu achava isso possível. Eu disse que não teria problema de maneira alguma, porque é uma coisa que eu também gostaria que acontecesse. Não teve nada imposto. A Hortência não entra na parte técnica de jeito nenhum e nem coloca mais pressão, pois esteve em quadra e sabe como isso é importante", afirmou o treinador. Iziane disputa a WNBA pelo Atlanta Dream. Uma eventual classificação da equipe às finais do torneio pode impossibilitar a atleta de defender a seleção. Com 12 das 24 convocadas, Paulo Bassul está em Barueri. O grupo realizou o primeiro treino com bola na tarde desta quarta-feira. Após uma troca de farpas de ambas as partes desde o Pré-Olímpico disputado na Espanha, o técnico acena com uma bandeira branca. "Já está clara a nossa posição de tentar esquecer o que ficou para trás. Já houve uma punição e um processo que todo mundo conhece. A ideia não é banir ninguém, mas sim que todos tenham o mesmo pensamento e a mesma atitude em termos de grupo. Nós tomamos a decisão de olhar para frente. Depende se ela também quer olhar para frente", diz Bassul. Hortência vem mantendo contato regular com a ala do Atlanta Dream. Caso a equipe não se classifique para as finais da liga norte-americana, ela planeja viajar aos Estados Unidos para convencer Iziane a retornar. A ex-jogadora Paula, por sua vez, critica a decisão de tentar reintegrá-la após o caso de indisciplina no Pré-Olímpico. Ao mesmo tempo em que abre as portas para Iziane, Bassul procura valorizar as outras 23 convocadas e descarta a possibilidade de usar uma eventual recusa de Iziane para motivar o grupo que aceitou o seu chamado. "Não é uma questão de vida ou morte. Se ela vier, será tratada como todas as demais e esse assunto morreu. Se infelizmente ela não vier, vou estar preocupado com quem está aqui", declarou. Auxiliar técnica de Bassul, a ex-jogadora Janeth fala de maneira pragmática sobre a chance oferecida à Iziane. "Toda atleta que está bem vai ser convocada. O que esperamos é que elas venham com espírito de cooperar com o time e fazer com que o basquete brasileiro alcance o lugar mais alto do pódio. Se pensarmos no basquete, temos chance de chegar nas melhores posições", declarou.

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