Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Nadador brasiliense treina para fazer a travessia do Canal da Mancha na Inglaterra

Seja na piscina do Clube do Exército ou no Lago Paranoá, às 5h ou às 23h30, Tiago Sato nada diariamente mais de 10 mil metros. Varia com tal disparate o horário de treinamento com o fim declarado de acostumar o corpo às variações bruscas de temperatura durante o esforço físico extremo. Isso porque, há pouco mais de um mês, ele decidiu fazer a travessia do Canal da Mancha a nado, empreitada que já tirou a vida de nadadores dos quatro cantos do mundo. Para os nadadores de resistência, concluir a travessia é o mesmo que, para o alpinista, escalar o Monte Everest. Na prova, o atleta é submetido a todo tipo de teste atlético e psicológico. Para superar os 34km de distância entre Dover (Inglaterra) e Calais (França), além de milhares de braçadas e pernadas, o atleta precisa vencer a temperatura do oceano %u2014 que varia entre 11ºC e 17ºC %u2014, torcer para não cruzar com águas vivas pelo caminho e não se importar com o vento e as ondas típicas do mar aberto. Sato pretende fazer a travessia propriamente dita somente no ano que vem. Mas precisa se cuidar para reduzir os riscos %u2014 vários atletas já morreram durante a prova, seja por hipotermia ou fadiga, inclusive a brasileira Renata Câmara Agondi, em 1988. Mais informações na edição impressa