postado em 11/07/2009 08:37
Seja na piscina do Clube do Exército ou no Lago Paranoá, às 5h ou às 23h30, Tiago Sato nada diariamente mais de 10 mil metros. Varia com tal disparate o horário de treinamento com o fim declarado de acostumar o corpo às variações bruscas de temperatura durante o esforço físico extremo. Isso porque, há pouco mais de um mês, ele decidiu fazer a travessia do Canal da Mancha a nado, empreitada que já tirou a vida de nadadores dos quatro cantos do mundo.
Para os nadadores de resistência, concluir a travessia é o mesmo que, para o alpinista, escalar o Monte Everest. Na prova, o atleta é submetido a todo tipo de teste atlético e psicológico. Para superar os 34km de distância entre Dover (Inglaterra) e Calais (França), além de milhares de braçadas e pernadas, o atleta precisa vencer a temperatura do oceano %u2014 que varia entre 11ºC e 17ºC %u2014, torcer para não cruzar com águas vivas pelo caminho e não se importar com o vento e as ondas típicas do mar aberto.
Sato pretende fazer a travessia propriamente dita somente no ano que vem. Mas precisa se cuidar para reduzir os riscos %u2014 vários atletas já morreram durante a prova, seja por hipotermia ou fadiga, inclusive a brasileira Renata Câmara Agondi, em 1988.
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