A mulher do ex-pugilista canadense Arturo Gatti, que foi encontrado morto no sábado em Porto de Galinhas (PE), foi indiciada por homicídio qualificado na manhã deste domingo, segundo informações do coordenador geral da Força Tarefa do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), João Brito. Amanda Rodrigues, de 23 anos, foi autuada em flagrante por homicídio doloso duplamente qualificado.
Aos 37 anos, Arturo Gatti estava aposentado desde 2007, mas teve uma carreira vitoriosa no boxe, sendo campeão mundial em duas categorias diferentes e somando 40 vitórias em 49 lutas. Ele tinha chegado a Porto de Galinhas na sexta-feira, junto com a esposa e o filho de 1 ano, para passar cerca de 30 dias de férias em Pernambuco.
Segundo o delegado João Brito, Amanda negou ter sido a autora do crime, mas seu depoimento foi contraditório e os primeiros indícios apontam para ela. A suspeita já está detida na sede do DHPP e deve ser transferida para a Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, em Recife. O relatório final do inquérito policial deverá sair em cerca de 10 dias.
Marcas
De acordo com o depoimento de Amanda, Arturo Gatti foi encontrado morto por volta das 6h do sábado, vestindo apenas cueca e caído na sala do flat onde a família estava hospedada. Ele tinha uma marca no pescoço e outra na parte de trás da cabeça.
No local, a polícia encontrou uma alça de bolsa suja de sangue, que foi recolhida para análise. De acordo com peritos do Instituto de Criminalística, o ex-pugilista já estava morto havia aproximadamente oito horas quando foi encontrado.