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Muricy: "Se fosse R$ 500 mil por mês, estava no Palmeiras faz tempo"

postado em 12/07/2009 21:41
Muricy Ramalho não acertou com o Palmeiras por falta de acordo salarial, e os valores oferecidos seriam abaixo dos R$ 500 mil mensais. Três dias depois de se negar a trabalhar no Verdão no contrato oferecido ao seu empresário, Marcio Rivellino, o ex-são-paulino chega a demonstrar arrependimento por não trabalhar com dirigentes de postura diferente a de seus antigos chefes no Morumbi. "Se fosse 'R$ 500 conto' por mês, estava lá faz tempo...", disse o técnico, entre gargalhadas, à Rádio Bandeirantes. O treinador foi para o litoral paulista após ser demitido do Tricolor para descansar e alega que foi mais incomodado depois da saída de Wanderley Luxemburgo do que quando deixou o atual tricampeão brasileiro. Como alento, comemora ter conversado com cartolas honestos. "Eu me arrependi de não ter tido a oportunidade de trabalhar com o (presidente Luiz Gonzaga) Belluzzo, o (vice-presidente de futebol Gilberto) Cipullo e o Toninho (Cecílio, gerente de futebol). Senti que ia trabalhar com uns caras diferenciados, me mostraram uma coisa diferente no futebol, uma coisa de homem, de gente grande", comentou Muricy, admitindo até voltar a negociar com o Verdão. "Claro que conversaria. No futebol tem esta mania de você conversa e fica de mal se não der certo. Isso é babaquice, não tem essa. O nível de conversa das pessoas chama atenção, me convence, porque estamos acostumados com muito picareta no futebol. Vi que nada está perdido", prosseguiu. Mesmo sem sucesso, a negociação com o Palmeiras fez com que Muricy valorizasse mais os dirigentes alviverdes do que seus ex-superiores no Morumbi. O ainda desempregado comandante segue magoado com sua saída do Tricolor, principalmente na rapidez na contratação de Ricardo Gomes para o seu lugar. Muricy Ramalho ouviu que estava dispensado em uma reunião com o presidente Juvenal Juvêncio na noite de 19 de junho. Na manhã seguinte, enquanto o ex-técnico se despedia, o substituto já era anunciado. "Estes diretores vão fazer o Palmeiras voltar ao que sempre foi, brigando por título, porque são pessoas que estão inovando. Não mandaram o técnico embora à noite e contrataram outro de manhã", comparou o técnico, feliz com as manifestações de apoio da torcida são-paulina depois da sua saída.

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