postado em 15/07/2009 12:05
Demitido pela diretoria do Santos após a derrota por 6 x 2 para o Vitória, domingo, no Barradão, o técnico Vagner Mancini garantiu ter deixado a Vila Belmiro pela porta da frente e sem mágoas da diretoria alvinegra.
Nesta quarta-feira, em entrevista para o Sportv, o ex-comandante do Peixe culpou a "cultura" do futebol brasileiro por sua saída do cargo e se apoiou em seu aproveitamento à frente do Alvinegro - 61% dos pontos disputados - para valorizar seu trabalho no clube.
"Fora do país as equipes têm mais cautela, mais paciência. Dão mais tempo para o treinador trabalhar e, com isso, colhem melhores resultados. Aqui, não só no Santos, isso (demissão após um mau resultado) é muito mais voltado à cultura do futebol. Acho que o 6 x 2 acabou mais valorizado do que deveria", argumentou.
"Peguei o time mal no Campeonato Paulista, mas tivemos uma reação fulminante e fomos à final. No Brasileiro, em dez rodadas, houve uma oscilação, mas o ciclo ainda não estava terminado e fica difícil mensurar. Vejo futebol de um jeito diferente, a longo prazo, e os números estão ao meu lado", emendou Mancini, que também traz no currículo a 'proeza' de ter sido demitido invicto do comando do Grêmio, no início de 2008 (com quatro vitórias e dois empates).
O treinador mostrou-se conformado com o fato de o presidente Marcelo Teixeira não ter resistido às pressões para demiti-lo após o vexame do time na capital baiana e garantiu ter deixado a Baixada Santista sem qualquer tipo de ressentimento para com o dirigente ou torcedores.
"Quando se está com pressão, uma hora ou outra o dirigente acaba cedendo, mas estou tranquilo e não guardo mágoas do Marcelo Teixeira ou de ninguém do Santos. Só tenho a agradecer a todos pela oportunidade de ter chegado à uma final de Campeonato Paulista. Vou dar uma descansada agora e depois pensar no que fazer", concluiu, avisando não ter pressa para assumir um novo desafio na carreira.