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Escolinha de futebol da PM disputa copa em São Paulo

postado em 17/07/2009 13:15
Em 1999, alunos-atletas da Sociedade Esportiva Kandango, a Escolinha da PM, davam os primeiros chutes no gramado do quartel da 14ª CPMind (Santa Maria). Nesta sexta-feira (17/7), dez anos depois, os jogadores embarcam para Bento de Abreu (SP), onde vão disputar a Copa Pan-americana de Futebol. Às 22h, 39 atletas e cinco membros da comissão técnica viajam pela primeira vez com a escolinha para disputar um torneio. A volta está marcada para o próximo dia 26, quando esperam desembarcar campeões. Duas equipes da categoria juvenil - nascidos em 1993 e 1994 -, comandadas pelos soldados Francelino Ferreira e Leviston de Melo, vão disputar os troféus oferecidos pela organização. A falta de um prêmio em dinheiro não significa um problema para a escolinha. "Nosso objetivo é tirar os meninos da rua, tirá-los do contato com a criminalidade", explica o soldado-técnico Francelino. Apesar de a escolinha ter caráter social, e não profissional, alguns jogadores foram convidados a deixar o gramado do quartel para se aventurar em clubes maiores. "O Felipe Anderson está no juvenil do Santos, o Pablo foi para o juvenil do Fortaleza. O Rodrigão também saiu, foi para o infantil do Atlético-PR", comemora Francelino. Delegação com 39 atletas embarca nesta sexta Sobre as chances na copa, o treinador sabe que os times terão dificuldades. "Equipes de clubes grandes, como São Paulo e Grêmio, também vão disputar. Sâo meninos que treinam com uma estrutura muito melhor, é verdade. Mas nossos times são bem entrosados", alerta. Rotina Os atletas treinam duas vezes por semana no quartel da 14ª CPMind. Eles praticam no horário contrário ao das aulas, durante duas horas. "Temos um campo de grama e outro de barro, onde treinamos durante a seca. Sei que é pior treinar no barro durante o período de seca, mas se treinarmos na grama, ela estraga", conta o técnico. Para fazer parte da escolinha, o atleta tem de comprovar que é estudante, além de apresentar atestado médico. Mas não basta estudar. "Sempre que sai o boletim, a gente dá uma olhada. Se o jogador não tiver boas notas, ele é afastado para se recuperar na escola", diz Francelino. O quartel não cobra mensalidade dos atletas, justamente por não ter o lucro como objetivo. Por isso, os jogadores dependem de doações e patrocínio. "Consegui um patrocinador para os meninos, mas ainda dependemos de doações de bolas, por exemplo", conta o treinador. O Governo do Distrito Federal resolveu ajudar a escolinha, e disponibilizou um ônibus para a viagem a Bento de Abreu. Quem quiser ajudar a escolinha com doações de material esportivo pode falar com o soldado Francelino, pelos telefones 3393-3437 ou 9827-0756.

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