postado em 26/07/2009 11:39
Depois de Marcos, o jogador do elenco palmeirense mais identificado com a torcida é Diego Souza. O meia, que terminou 2008 bastante contestado, firmou-se como principal jogador do time nesta temporada e completa 100 jogos pelo clube em um dos duelos mais importantes do Brasileiro: o clássico contra o Corinthians. A vontade de celebrar a marca com uma vitória é tanta que a seleção brasileira fica em segundo plano.
"Completar 100 jogos em um ano e meio me deixa muito feliz. No Palmeiras, você tem de jogar sempre 100 vezes mais do que pode. Chegar a esta marca em um clássico contra o Corinthians então... Vou fazer de tudo para este vencer! Este jogo é muito importante", promete o camisa 7, que ouviu até o novo técnico Muricy Ramalho indicá-lo a Dunga, mas não se entusiasma.
"O maior sonho de qualquer jogador é chegar à seleção. Nunca vou jogar a toalha. Claro que quero uma oportunidade. Mas, por todas as convocações, sempre com as mesmas pessoas e pouquíssimas mudanças, me deixa com uma esperança mínima", conforma-se o autor de três gols nas três últimas partidas do Verdão.
A atual estatística só corrobora a fase de Diego. Destaque do Grêmio em 2007, ele desembarcou no Palestra Itália como jogador mais caro do futebol brasileiro e logo assumiu a camisa 7 deixada pelo Edmundo, um dos grandes ídolos da história recente do clube. Mas não encantou a torcida, ouvindo críticas até do então presidente Affonso Della Monica.
O meia, trazido pela Traffic, começou 2009 ainda prestigiado com Wanderley Luxemburgo, mas Luiz Gonzaga Belluzzo, antes de ser eleito mandatário alviverde, confidenciava a amigos que já não tinha tantas esperanças em Diego. O economista previa até que Marquinhos, hoje encostado no elenco, roubaria sua vaga como titular.
Entretanto, Marquinhos não vingou. E o camisa 7 finalmente foi aprovado pela torcida, por seus gols e, principalmente, atitudes como o pontapé no santista Domingos na semifinal do Paulista e a bola entre as pernas de Marcelinho Carioca, ídolo corintiano que joga no Santo André. O próprio Diego está certo de que vive a melhor fase da carreira, no time em que mais se identificou.
"Fico bastante feliz por estar completando 100 jogos pela primeira vez em um clube. Fiquei mais tempo no Fluminense, mas não completei 100 jogos. No Benfica e no Flamengo joguei pouco e no Grêmio, onde tinha jogado mais, fiz pouco mais de 60", relembra, colocando o sucesso no Verdão à frente até da expectativa de jogar a Copa do Mundo de 2010.
"O Dunga adquiriu uma confiança bastante grande nos jogadores que conquistaram a Copa América em 2007, quando o Brasil estava em uma fase meio ruim e dali em diante manteve o grupo praticamente fechado. Mas vou trabalhar da mesma maneira, tenho que estar bem no clube. Vou ajudar meus companheiros porque meu sonho é ser campeão brasileiro", frisa.
Para atingir o objetivo, o meia que custou R$ 10 milhões à Traffic prevê continuidade no Palestra Itália, apesar dos boatos de que o Werder Bremen, da Alemanha, sonha com seu futebol. "Estou em um momento bom na carreira e bastante feliz aqui. Não tenho pressa de sair. Se vier uma proposta boa para o Palmeiras e para a Traffic, de repente posso sair, mas não tem nada. Então quero permanecer vivendo este grande momento", avisa o finalmente ídolo antes de entrar em campo pela centésima vez com a camisa palmeirense.