postado em 29/07/2009 09:16
A exemplo do que fez a Honda no final do ano passado, a BMW convocou uma repentina entrevista coletiva nesta quarta-feira e anunciou a sua retirada da Fórmula 1. O time de Robert Kubica e Nick Heidfeld deixará a principal categoria do automobilismo mundial ao término da atual temporada.
De acordo com a diretoria da montadora, a decisão foi tomada devido aos maus resultados apresentados este ano, assim como um maior engajamento com a sustentabilidade.
"Foi uma decisão difícil, mas trata-se de um passo consequente da nova direção estratégica da nossa empresa", comentou Norbert Reithofer, presidente da BMW. "O importante é dar prioridade a uma política de gestão duradoura e favorável ao meio ambiente", destacou.
Depois de colocar o polonês Kubica como o quarto colocado no Mundial 2008, a BMW Sauber não conseguiu se adaptar bem às novas regras da Fórmula 1 e apresentou grande queda de desempenho este ano, no qual ocupa a antepenúltima colocação no Mundial de Construtores, à frente apenas de Toro Rosso e Force India.
A BMW assumiu o controle da Sauber em 2006, depois de seis anos de parceria com a Williams (2000-2005). "Só precisamos de três anos para nos estabelecermos como uma das melhores escuderias do grid", lembrou Klaus Draeger, membro do Conselho de Administração.
"Infelizmente, não fomos capazes de cumprir as expectativas este ano, mas estes dez anos de envolvimento com a F-1 tiveram um tremendo impacto com os nossos engenheiros. Devemos à competição várias inovações tecnológicas e o espírito competitivo que acompanha a produção de nossos carros", destacou.
Chefe da equipe, Mario Theissen não escondeu a tristeza com a decisão, tomada nesta terça-feira. "A gente gostaria de demonstrar que esta temporada foi apenas uma pequena falha depois de três anos de êxito, mas entendo que essa foi uma opção tomada pelo ponto de vista empresarial", lamentou o dirigente. "Agora, é tentar nos despedirmos com um bom resultado", afirmou.
A BMW pode não ser a única baixa da Fórmula 1 em 2010, já que especula-se nos bastidores da categoria que Renault e Toyota também possuem planos de encerrar seus investimentos.