Superesportes

Brasil sonha alto

Desempenho histórico no Mundial de Roma mostra a evolução do país nos esportes aquáticos. CBDA projeta parcerias e investimentos para manter a boa fase e conquistar voos mais altos

postado em 03/08/2009 08:52
No balanço do Mundial de Esportes Aquáticos de Roma, encerrado ontem, o Brasil teve a melhor participação de sua história, com conquistas que mostram uma clara evolução. Na natação, foram três medalhas (duas de ouro e uma de prata) e um recorde mundial, além da participação em 18 finais. Também veio um pódio na maratona aquática, com o bronze na prova feminina de 5km. No mais, teve um brasileiro entre os cinco melhores nos saltos ornamentais, o nado sincronizado disputou cinco finais e o polo aquático somou dois 13º lugares. Antes desta edição em Roma, a natação brasileira só havia obtido uma medalha de ouro, com Ricardo Prado no Mundial de 1982, em Guayaquil, no Equador. Enquanto isso, a única vez em que o Brasil somou mais de uma medalha num mesmo campeonato foi em 1994, também na capital italiana, com duas de bronze na natação. Segundo o supervisor da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Ricardo de Moura, os resultados obtidos em Roma são um incentivo a mais ao projeto de monitoramento de atletas que a entidade pretende implementar para a Olimpíada de Londres, em 2012, com 60 nadadores, entre os quais os 28 que estiveram no Mundial. Mas o dirigente admite que ainda mais pode ser feito, principalmente com um ídolo como Cesar Cielo, que conquistou duas medalhas de ouro (50 e 100m livre). Segundo ele, a CBDA vai querer aproveitar o "Efeito Cielo" de muitas maneiras. "Hoje as nossas medalhas são mais caras do que as dos nossos adversários por causa do número de viagens que precisamos fazer para participar de grandes competições, mas pretendemos aproveitar para aumentar o número de parceiros", disse Ricardo de Moura. O supervisor da CBDA espera também que as conquistas incentivem o mercado interno a investir na natação. "Hoje, por exemplo, não existe nenhum fabricante de material esportivo nacional investindo em criar roupas de natação", lembrou Ricardo de Moura, apostando também no crescimento do interesse das crianças pelo esporte. "Os nadadores passam a pensar: `Se ele pode eu posso também'. E, com isso, geram um comportamento vitorioso", explicou. Despedida sem medalhas No último dia do Mundial, o Brasil chegou bem perto do pódio, mas não ganhou mais nenhuma medalha. Thiago Pereira ficou em quarto lugar na final dos 400m medley, mesma posição que conseguiu a equipe brasileira do revezamento 4x100m medley.

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