postado em 04/08/2009 10:04
Esta terça-feira é um dia de alegria na Academia de Futebol do Palmeiras. Maior ídolo em atuação no clube, Marcos completa 36 anos de idade. Admirado por dirigentes, jogadores e torcedores, o goleiro envelhece sem perder a qualidade técnica - titular absoluto, tem ainda dois anos de contrato como jogador, com chance de ficar mais três com cargo na comissão técnica.
A fase do goleiro é muito melhor do que poderia esperar. Ao completar 30 anos, Marcos passou a sofrer com lesões e admitiu ter dado entrevistas falando "praticamente como um ex-jogador". Se recuperou com a chegada de Wanderley Luxemburgo ao clube, no início de 2008, e, assim, adiou os planos de aposentadoria ao renovar o contrato em maio.
No Campeonato Brasileiro, volta a mostrar porque é um dos melhores goleiros do país - é capitão do primeiro colocado e comanda a defesa menos vazada da competição, com 14 gols sofridos em 16 jogos. Ainda nesta temporada, voltou a ser chamado de "São Marcos" ao classificar o Verdão às quartas-de-final da Copa Libertadores, defendendo dois pênaltis na decisão com o Sport.
As boas atuações a um ano da Copa do Mundo fizeram até mesmo o camisa 12 reconsiderar a chance de defender a seleção brasileira mais uma vez na competição - foi titular na conquista do título de 2002, sob o comando de Luiz Felipe Scolari. Tendo nomes como Júlio César, Gomes e Victor como concorrentes, no entanto, já admite função mais modesta: até terceiro goleiro está valendo para Marcos.
Em 36 anos de vida, Marcos passou 17 deles como profissional no Palmeiras. Foi revelado pelo clube e estreou em 16 de maio de 1992, na vitória do Verdão por 4 a 0 sobre o Guaratinguetá. Só voltou a atuar em 1996, depois de ocupar a reserva de Velloso e Sérgio. Desde então, conquistou 12 títulos e defendeu a seleção em 29 oportunidades, vencendo, além da Copa de 2002, a Copa América de 1999 e a Copa das Confederações de 2005.
Natural de Oriente, no interior de São Paulo, é fã de música sertaneja e se mantém fiel às raízes. "O Marcos é uma pessoa excepcional. Continua sempre o mesmo. Um caipirão da roça que gosta das coisas simples como eu", brincou Edmílson, sobre o companheiro na Copa da Coréia e do Japão.