postado em 05/08/2009 09:17
Segundo melhor nadador do mundo nos 50m peito e recordista mundial da distância até a semana passada, Felipe França assegura que pode ter resultados ainda melhores nos 100m do estilo. De acordo com ele, os recentes resultados são frutos apenas de um trabalho feito de olho em Londres-2012.
"Eu normalmente já treino mais para os 100m peito. Os 50m só foram uma consequência deste trabalho", garantiu o nadador. Nas Olimpíadas, apenas o estilo livre conta com disputas diretas de um lado ao outro na piscina (50m), sem necessidade de viradas. "Muita gente falou que o meu recorde caiu por acaso, mas essa medalha é consequência do meu trabalho", desabafou.
Curiosamente, porém, foi justamente o sucesso nos 50m peito que impediu Felipe de brilhar no dobro da distância no Mundial. De acordo com o técnico dele, Arílson Soares, o assédio após a quebra do recorde mundial durante o Maria Lenk o fez perder a concentração para a seletiva dos 100m, que seria realizada horas mais tarde. "Ele se desgastou muito com mídia, com imprensa e não conseguiu se recuperar para a prova", explicou.
Desta forma, o atleta de Suzano assegura que não terá problemas com a mudança. "Eu iria dar um belo trabalho também nos 100m peito do Mundial. Posso conseguir resultados bem melhores que nos 50m peito", assegura o nadador, que também pretende treinar a prova nos 200m.
Queda de recorde não abala - Em Roma, Felipe França alcançou 26s76, o melhor tempo de sua carreira. Entretanto, a marca não é recorde mundial porque o sul-africano Cameron van der Burgh conseguiu ser um pouco melhor: 26s67.
França, entretanto, garante que não se abalou com a perda da honraria. "Eu já fui com a cabeça pensando que qualquer um poderia bater o recorde", despistou. O técnico Soares complementou. "Ficamos zero chateados com a perda do recorde. O que a gente menos de preocupou foi com isso, pois seria um pouco de vaidade demais e a gente estava longe dessas coisas", assegurou