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Para J. Hawilla, Traffic é a "muleta" do Palmeiras

postado em 06/08/2009 10:42
A diretoria do Palmeiras aproveitou a coletiva convocada nesta quarta-feira para, além de encerrar a chance de negociação dos jogadores, esclarecer a parceria do clube com a Traffic. J. Hawilla, dono da empresa, reforçou que o objetivo do acordo entre as partes é a valorização através da conquista esportiva e classificou a parceira como uma "muleta" para clube. "Não temos nenhuma pessoa na diretoria ou na comissão técnica do Palmeiras. A administração é do clube. Deixamos claro isso ao (técnico) Muricy Ramalho, assim como fizemos com o Wanderley Luxemburgo (treinador anterior). O Palmeiras tem autonomia total. Por isso, somos mais como um anteparo, uma muleta, uma bengala para ajudar o Palmeiras", definiu o empresário. "Isso é a prova cabal do tipo de relação que mantemos com a parceira, da estratégia e do projeto do Palmeiras do ponto de vista esportivo", reforçou o presidente Belluzzo, um dos mentores do acordo com a empresa, e que demonstrou estar cansado de ver a mesma como alvo de "suspeitas infundadas". Nesta quarta-feira, os dirigentes ainda tentaram afastar as denúncias de que o clube teria virado 'barriga de aluguel'. As reclamações no clube surgiram quando a Traffic se recusou a bancar a permanência do atacante Kléber, no final de 2008, e o clube, sem verba, nada pôde fazer. O cunho mercadológico do acordo também pareceu evidente quando o atacante Keirrison repentinamente foi negociado com o Barcelona, mesmo diante das promessas do então técnico Wanderley Luxemburgo de manter o jogador. "Não é assim", reclamou Hawilla, descartando o rótulo. "Para comprovar que não existe barriga de aluguel, temos o Diego Souza, que está há um ano e meio aqui, está reforçando o elenco, fazendo o time ganhar jogos e marcando gols. Só vamos comercializar o jogador se o Palmeiras liberar o atleta. Senão, não vamos, como é o caso do Pierre". No caso de Keirrison, no entanto, de maneira direta ou indireta, o time acabou servindo de 'laboratório'. Júlio Mariz, presidente da empresa, confirmou que o jogador já havia sido consultado e informado da futura negociação com o Barcelona quando chegou ao Palmeiras. "Por isso, ele exigiu uma cláusula de contrato afirmando que, se esse time, especificamente, fizesse proposta, seria negociado". "O Keirrison deveria ter ido direto para o Barcelona. Tivemos que pagar R$ 2 milhões para ele passar essa temporada no Palmeiras. Fizemos um sacrifício porque já tínhamos prometido o jogador ao clube, mas não tínhamos expectativas de que ele fosse continuar", confirmou Hawilla. Sem repetir a experiência do K-9, a Traffic promete continuar ajudando o Verdão a caminhar.

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