postado em 09/08/2009 21:32
Curitiba (PR) - Se havia alguma tolerância da torcida do Coritiba com o time, que não vence há sete partidas do Campeonato Brasileiro, acabou durante a derrota para o Cruzeiro, por 3 a 1. Com gritos de "vergonha", cobrança sobre jogadores e diretoria e pedindo a cabeça do técnico René Simões, a pressão da arquibancada mexeu até mesmo com jogadores mais experientes, como Jeci, que lamenta a situação.
"O futebol tem disso. A gente tem que ter força e paciência. Tem que ter briga. A equipe brigou e lutou dentro de campo. Tem que sair de cabeça erguida", disse o zagueiro, pedindo para que o torcedor não esqueça os bons momentos da equipe.
"Vivi um momento maravilhoso no Coritiba, com título e acesso. E isso tem que estar na memória da torcida. Mas a gente tem personalidade para dar a volta por cima", completou.
Um dos poucos atletas que teve o nome gritado e recebeu apoio, o goleiro Edson Bastos se diz envergonhado, mas sabe que só uma reação pode reverter a situação. "A equipe não pode fazer o segundo tempo que fez. A gente iniciou bem a partida e depois do pênalti a equipe se perdeu um pouco. Mas não adianta ficar lamentando", avaliou.
Jogando no sacrifício, sem três dentes, o volante Leandro Donizete também foi poupado das críticas e projeta um futuro melhor na segunda metade da competição. "Nosso time é bom e infelizmente não está vindo o resultado. Tivemos chances, não fizemos e tomamos três. Agora é tentar reverter no segundo turno essa situação incômoda, com a torcida cobrando", finalizou.