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Fisiologista aponta semelhanças nos trabalhos de Neymar e Robinho

postado em 11/08/2009 15:58
O fisiologista do Santos, Cláudio Pavanelli, terá um papel fundamental no trabalho que será feito com o atacante Neymar. E para isso, o profissional deverá recorrer à sua experiência com Robinho, atualmente no Manchester City, mas com quem trabalhou de 2002 até 2005, fazendo um trabalho de fortalecimento muscular. "Os dois são bastante parecidos em vários sentidos. Existe um modelo de tratamento para aumento de massa muscular aplicado no Robinho que pode ser utilizado com o Neymar. Porém, é preciso deixar claro que cada pessoa reage de uma forma diferente ao tipo de trabalho que é feito. Por isso, o treinamento tem de respeitar a individualidade de cada um", disse Pavanelli, se utilizando da dupla formada por Diego e Robinho, para explicar como este tipo de trabalho é feito. "Em 2002, se você lembrar, existiam algumas diferenças marcantes entre Robinho e Diego. O Diego tinha um desenvolvimento maturacional (ósseo e muscular) mais rápido que o do Robinho, que era mais tardio. Sendo assim, eles precisaram ser analisados de forma individual. Costumo dizer que esse tipo de treinamento é como um remédio: ele tem a sua dose certa", explicou Cláudio Pavanelli, que começou a trabalhar com Robinho em 2002, quando o jogador tinha 60 kg. Três anos e meio depois, o Rei das Pedaladas deixou a Vila Belmiro pesando 70,5 kg. Entretanto, apesar do modelo de trabalho de Neymar e Robinho ser parecido, o fisiologista do clube destaca que é necessário ter cuidado para que não se exija do jogador algo que ele não está acostumado a fazer e que vai além de sua capacidade física e orgânica. "Não é todo atleta que gosta da suplementação. Tem uns que não aceitam bem, se sentem com o estômago cheio. Daí você tem que usar outro tipo de suplemento ou alimento. Por exemplo, tem jogadores que não gostam de peixe cru, portanto, não adianta a nutricionista colocar no cardápio do atleta que ele não vai comer ou, se comer, vai ser algo que não vai fazer bem. Temos que achar esse meio-termo, que é muito importante", disse o fisiologista, antes de revelar como será o plano de trabalho alimentar com o jovem Neymar. "O ideal é que ele coma mais ou menos de três em três horas. Em casa, ele também segue as orientações da nossa nutricionista (Sandra Merouço). Procuramos sempre adequar a suplementação ao cardápio que ele está acostumado. Não adianta fazer uma mudança radical, pois aí você vai causar mal-estar no atleta", finalizou Pavanelli.

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