postado em 12/08/2009 10:08
Pilotos que ao longo de suas carreiras deixaram a Fórmula 1 antes de retornarem para vencer um derradeiro título mundial, Alain Prost e Niki Lauda enxergaram de maneiras distintas as dores no pescoço que impediram Michael Schumacher de voltar às pistas. Enquanto o francês apostou na prudência para falar em 'decisão certa', o austríaco mostrou-se decepcionado, já que '(Luca) Badoer deixará Kimi Raikkonen correndo sozinho'.
Tricampeão mundial entre 1985 e 1989, Prost chegou a entrar em um ano sabático em 1992 para depois faturar uma quar taça no ano seguinte. Obviamente, porém, o período em que ficou parado naquela oportunidade não era tão significativo quando os dois anos e meio de Schumacher, e por isso o francês aprovou a novidade anunciada nesta terça-feira.
"Michael e eu penduramos nossos capacetes por razões diferentes, mas quando você é competitivo a tentação de retornar é grande", disse o ex-piloto ao jornal Le Parisien. "Mas se há algum risco físico, Schumacher está certo. O pescoço é crucial nos esportes a motor e com qualquer tipo de dor você rapidamente sente náuseas e dificuldades para enxergar".
Em um cenário parecido, Lauda abandonou a carreira por três anos para gerenciar sua empresa de aviação, voltando atrás em sua decisão para se tornar tricampeão mundial em 1984.
Do alto de sua experiência, o austríaco lamentou a opção do germânico. "Para a Ferrari é um desastre. Badoer é apenas um colaborador, não será veloz. Será como se Raikkonen corresse sozinho", afirmou, em referência ao piloto de testes italiano, novo substituto de Felipe Massa.