[SAIBAMAIS]
Com os jogadores sem ritmo e as principais estrelas apagadas, a equipe do técnico Dunga atuou mal e venceu a equipe da casa, 112; colocada, por apenas 1 x 0. O gol salvador saiu mais uma vez dos pés do artilheiro Luís Fabiano, aos 43 minutos do primeiro tempo.
O resultado magro valeu a Dunga um recorde: Sem perder desde junho do ano passado (2 x 0 contra o Paraguai), o Brasil completou 17 jogos sem derrota, superando a maior série invicta da década até então, conquistada por Carlos Alberto Parreira entre 2003 e 2004.
O duelo contra a Estônia foi o primeiro da seleção depois do título da Copa das Confederações e o último antes da rodada dupla das Eliminatórias no início de setembro, quando pode carimbar o passaporte para a África do Sul. No dia 5, a equipe faz o aguardado clássico diante da Argentina, em Rosário. Quatro dias depois, recebe o Chile em Salvador.
O jogo
Em ritmo de treino. Foi assim que o Brasil jogou boa parte do amistoso na Estônia. Com a maioria dos jogadores em ritmo de pré-temporada, a equipe canarinho começou a partida trocando passes sem pressa, na impressão de que o gol contra a modesta seleção local seria questão de tempo.
Os estonianos, porém, não se empolgaram com a primeira visita dos pentacampeões ao país. Marcavam forte, às vezes até de forma violenta, e não davam espaços. Assim, o primeiro chute a gol dos brasileiros (sem perigo) veio apenas aos 12 minutos, através de Kaká, que recebeu de Robinho, pegou de primeira, mas mandou para fora.
O time da casa, por sua vez, assustou Júlio César em duas finalizações de longe, com Puri, aos 10, e Vassiljev, em cobrança de falta quatro minutos depois. O Brasil só voltou a chegar com perigo aos 25: Livre, Luisão cabeceou para fora cruzamento de André Santos.
Dez minutos depois, Dunga foi obrigado a mexer no time pela primeira vez. Machucado, Kléberson deu lugar a Elano. Quando tudo levava a crer que a equipe verde amarela iria para o intervalo amargando um empate sem gols com o desconhecido adversário, brilhou a estrela de Luís Fabiano.
Robinho tentou passe na área e B;rengrub fez o corte. Contudo, para desespero do zagueiro estoniano, a bola explodiu em Kaká e sobrou limpa para o camisa nove, que não perdoou e estufou as redes do goleiro Pareiko aos 43 minutos.
O Brasil deu impressão de que imporia um ritmo maior na etapa final. Em cinco minutos, teve duas boas chances de ampliar, a melhor delas com Felipe Melo, que pegou sobra da defesa e bateu com perigo. Mas a pressão não durou, e logo a equipe voltou a trocar passes, tornando o amistoso sonolento.
Dunga, então, decidiu mexer por atacado. Kaká, Luís Fabiano e Maicon deram lugar a Júlio Baptista, Diego Tardelli e Daniel Alves, respectivamente. Aos 20 minutos, por pouco o estreante não deixou sua marca. Após belo passe de Luís Fabiano, Elano cruzou e Tardelli, na pequena área, por pouco não desviou para as redes.
Preocupado com o desgaste, o técnico da seleção seguiu mexendo na equipe. Lúcio e Luís Fabiano saíram para as entradas de Miranda e Nilmar. Em um de seus primeiros lances, o ex-colorado aproveitou desvio de Tardelli e quase marcou um golaço de bicicleta.
E o atacante atleticano estava disposto a mostrar serviço. Aos 35, achou Júlio Baptista livre na área, mas o jogador da Roma pegou muito mal na bola, que saiu por cima. No fim, ainda deu tempo de Nilmar perder gol feito e Kruglov ser expulso por falta por trás em Daniel Alves.
FICHA TÉCNICA - ESTÔNIA 0 X 1 BRASIL
Local: Le Coq Arena, em Tallinn, Estônia
Data: 12 de agosto de 2009, quarta-feira
Horário: 14h15 (de Brasília)
Árbitro: Martin Ingvarsson (Suécia)
Assistentes: Peter Ekstrim e Joakim Flink (ambos da Suécia)
Cartões amarelos: Dmitrijev e Pareiko (Estônia); Lúcio, Felipe Melo, Luisão, Daniel Alves e Nilmar (Brasil)
Cartão vermelho: Kruglov (Estônia)
Gols: BRASIL: Luís Fabiano, aos 43 minutos do segundo tempo
ESTÔNIA: Pareiko; J;;ger, Piiroja, B;rengrub e Klavan; Dmitrijev (Vunk), Vassiljev; Puri (Purje) e Lindpere (Kruglov); Zenjov (Voskoboinikov) e Kink (Viikmae)
Técnico: Tarmo Ruutli
BRASIL: Julio César; Maicon (Daniel Alves), Lúcio (Miranda), Luisão e André Santos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Kléberson (Elano) e Kaká (Júlio Baptista); Robinho (Diego Tardelli) e Luís Fabiano (Nilmar)
Técnico: Dunga