Agência France-Presse
postado em 13/08/2009 10:16
Em um momento delicado para a modalidade no Brasil, após um escândalo de doping, a saltadora Maurren Maggi, campeã olímpica em Pequim-2008, é a principal esperança do país no Mundial de Atletismo de Berlim, que começa no próximo sábado.
Maggi é o grande nome do atletismo brasileiro, onde tentará repetir a conquista no salto em distância na última Olimpíada. O país chega ao Mundial em um momento delicado, depois que cinco atletas foram flagrados em exames antidoping e suspenso de modo preventivo.
Além de Maggi, o atletismo brasileiro também deposita suas esperanças em Jadel Gregório, do salto triplo, vice-campeão mundial em Osaka-2007, Fabiana Murer, do salto com vara, que conquistou o bronze no Mundial indoor de Valencia, e Marilson dos Santos, bicampeão da maratona de Nova York.
Outros destaques são Keila Costa (salto em distância) e Jessé Farias de Lima (salto em altura), que foram finalistas olímpicos em Pequim, além dos revezamentos 4x100 metros, que ficaram em quatro lugar em Pequim-2008 tanto no masculino como no feminino.
Na história da competição, o Brasil já conquistou 10 medalhas, cinco de prata e cinco de bronze.
"Sabemos que o Mundial de Berlim terá um nível tão forte como o dos Jogos de Pequim, mas o desejo é colocar o maior número possível de atletas no pódio", afirmou Hélio Marinho Gesta de Melo, secretário-geral da Consudatle, a Confederação Sul-Americana de Atletismo.
O atletismo brasileiro chega à capital da Alemanha em uma situação extremamente delicada, depois que Bruno Tenório e Jorge Celio Sena (4x100m, 200m), Lucimara Silvestre (heptatlo), Josiane da Silva Tito (4x400m) e Luciana França (400m com barreiras) foram flagrados em um exame surpresa da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).
Os cinco, que disputariam o Mundial de Berlim, deram resultado positivo para o uso da substância eritropoyetina (EPO), em exames surpresa realizados em 15 de junho em Presidente Prudente (interior de São Paulo).
O técnico dos atletas, Jayme Netto, assumiu a responsabilidade pelo caso e anunciou que vai abandonar o esporte. Ele e o também técnico Inaldo Sena foram suspensos pela CBAt.
Além disso, dias depois foi anunciado que Lucimar Teodoro foi flagrada pelo uso da substância "femproporex" e também foi suspensa.
Nos seis casos, os atletas assumiram o doping, dispensaram a necessidade da realização da contraprova e foram suspensos por dois anos.