postado em 14/08/2009 10:41
Chefiada pelo presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, a delegação da seleção brasileira, vitoriosa no amistoso que disputou contra a Estônia, em Talinn, desembarcou no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na madrugada desta sexta-feira.
Composta apenas pelos três atletas convocados que atuam no Brasil (Miranda, Kléberson e Diego Tardelli) e por alguns membros da comissão técnica - Dunga, o auxiliar Jorginho, o supervisor Américo Faria e o médico José Luis Runco, a seleção passou praticamente despercebida pelo saguão, já movimentado à espera dos voos internacionais.
Atencioso com a dupla de jornalistas que o aguardava, o treinador da seleção, recordista da década em partidas invictas com o time verde e amarelo (17), superando Carlos Alberto Parreira, praticamente repetiu o discurso utilizado na entrevista coletiva pós-jogo. E creditou ao comprometimento do grupo a longa sequência sem derrotas da equipe.
"Isso é uma valorização desse grupo e estamos mostrando aquilo que todo mundo queria: uma seleção comprometida e focada com a camisa que veste", destacou. "Alguns jogadores estavam na China e vieram para jogar. Esse resultado e essa invencibilidade vieram justamente por esse resgate do comprometimento", completou Dunga, citando o esforço particular dos jogadores da Inter de Milão, Lúcio, Júlio César e Maicon, que atuaram pelo time italiano diante da Lazio, em Pequim, sábado.
O treinador preferiu não polemizar quando questionado sobre a real importância de um amistoso contra uma seleção de baixo potencial técnico, mal colocada no ranking da Fifa (ocupa o 112º lugar) e que se destaca mais pela violência do que pelo futebol que pratica. E conseguiu classificar como proveitosa a visita à ex-república soviética e o duelo contra os estonianos.
"As pessoas precisam entender que há outros jogos amistosos e também as Eliminatórias. É preciso ver o lado positivo da situação. O importante era reunir o grupo e colocar para jogar. O que acontece durante o jogo não dá para prever", argumentou.
O fato de o acanhado estádio, com capacidade inferior a dez mil lugares, não ter ficado completamente lotado, também foi minimizado pelo comandante, encantado com as belezas naturais encontradas na cidade. "O pessoal ganha um salário mínimo um pouco maior do que o nosso (brasileiro) e o ingresso estava caro, então é difícil ir ao estádio. Mas o país surpreendeu positivamente pelo desenvolvimento. Ninguém esperava tanta organização e limpeza", concluiu.