postado em 15/08/2009 16:51
O Santos não vive uma situação financeira confortável. Tanto que, sem verba para grandes contratações, o presidente Marcelo Teixeira revelou que está emprestando dinheiro ao time da Vila Belmiro para cobrir alguns gastos emergenciais.
Isto não é novidade para o mandatário alvinegro que, em 2000, no início de sua segunda gestão a frente do clube, colocou R$ 20 milhões do seu próprio bolso para montar um grupo com estrelas do quilate de Carlos Germano, Márcio Santos, Rincón, Valdo e Edmundo. O dinheiro este foi recuperado em 2005, com a venda da geração Meninos da Vila campeã brasileira (2002 e 2004), quando os santistas entraram em uma boa fase econômica, arrecadando cerca de R$ 170 milhões.
Só que, de 2008 para cá, o Santos não negociou mais nenhum jogador por cifras milionárias, o que dificultou o equilíbrio das contas do clube. Teixeira admitiu recentemente que os alvinegros receberam sondagens por atletas do atual elenco, como Paulo Henrique Lima, Madson e Neymar, mas que foram rechaçadas por serem consideradas muito baixas perante a perda técnica que estas saídas representariam.
Por este motivo, o dirigente se viu obrigado a emprestar dinheiro ao Peixe. "Até o ano passado, não precisávamos, até pela boa administração que fazíamos. Mas, com a falta da venda de jogadores, inclusive com obrigações fiscais, voltamos a ter essa necessidade", comentou, em entrevista à Rádio Globo.
"É um empréstimo. O importante é que o clube tenha uma situação financeira equilibrada", afirmou Marcelo Teixeira, antes de se defender das críticas da oposição, de que teria feito gastos excessivos durante a sua administração frente ao Alvinegro Praiano.
"Aqueles que acompanham o clube puderam perceber o avanço no patrimônio. Fizemos a modernização da Vila Belmiro, do CT Rei Pelé e do (CT) Meninos da Vila. Isso tudo requer investimentos", argumentou o presidente. "Além disso, usamos esse dinheiro para montar elencos campeões. Trouxemos o Zé Roberto, melhor jogador brasileiro na Copa de 2006. Isso tudo não sai de graça", encerrou.