postado em 17/08/2009 09:33
Por causa da ascensão de Andy Murray, esta segunda-feira pode representar o início de uma nova ordem no tênis mundial. Com a atualização do ranking de entradas, o escocês se tornou o primeiro atleta a se colocar à frente de Rafael Nadal ou Roger Federer na ATP desde julho de 2005, quebrando uma dicotomia das mais duradouras do esporte.
A partir do momento em que Nadal ascendeu pela primeira vez à condição de número dois, ele e Federer monopolizaram as atenções do esporte e do ranking, que só foi alterado para uma troca de posições entre ambos em agosto do ano passado - ao vencer na sequência Roland Garros e Wimbledon, o suíço retomou o topo há sete semanas.
Nesse período, Novak Djokovic havia sido o único a ameaçar o reinado dos dois, porém desperdiçou a chance de ultrapassar o espanhol ao perder dois confrontos diretos na temporada de saibro de 2008. "Roger e Rafa dividiram as duas primeiras colocações pelos últimos cinco anos e ficar em segundo pela primeira vez é ótimo para mim", disse Murray, mostrando conhecimento sobre o tamanho de seu feito.
Como se não bastasse o fato de ter sido campeão do Masters 1000 do Canadá no último domingo, o escocês ainda acabou beneficiado por uma lesão de Nadal, que exatamente nesse torneio interrompeu um período de 70 dias sem atuar. Eliminado nas quartas de final, o tenista de Maiorca agora está a quase 600 pontos do britânico (9.250 a 8.665) e praticamente apenas o título em Cincinnati, a partir desta segunda-feira, pode fazê-lo virar o cabeça-de-chave dois do Aberto dos Estados Unidos, que começa no dia 31 de agosto.
Embora de novo tenha confirmado sua ascensão no tênis mundial, Murray não quer parar por aí e já almeja fazer história: "É o maior passo que já dei e agora estou mais perto de um dos meus objetivos - ser número um". Para cumprir o desafio, contudo, ele deverá encontrar mais dificuldades, pois tem muitos pontos a defender até o fim do ano e Federer segue soberano na primeira posição com 11.040 pontos.
Top 10 e brasileiros: A evolução de Andy Murray e a consequente queda de Rafael Nadal não representaram a única novidade da nova lista de entradas. O espanhol Fernando Verdasco retornou ao top 10 depois que o chileno Fernando González perdeu os pontos referentes à medalha de prata nas Olimpíadas de Pequim. O sueco Robin Soderling também acabou beneficiado, passando para a 11ª posição e também deixando o sul-americano para trás.
Entre os brasileiros, esta segunda-feira não trouxe grandes novidades, já que Marcos Daniel e Thomaz Bellucci não entraram em quadra. Ambos seguem no grupo dos 100 melhores do mundo: o gaúcho caiu para o 58º posto, e o paulista se manteve no 67º. Mais atrás, Ricardo Mello utilizou o título do Challenger de Brasília para dar um salto de 31 colocações, passando a ser o número 192 do mundo e o quinto do Brasil, atrás ainda de Thiago Alves (107º) e Ricardo Hocevar (183º).
Confira como ficou o novo ranking de entradas:
1. Roger Federer (SUI) - 11.040 pontos
2. Andy Murray (ESC) - 9.250
3. Rafael Nadal (ESP) - 8.655
4. Novak Djokovic (SER) - 7.150
5. Andy Roddick (EUA) - 5.800
6. Juan Martín del Potro (ARG) - 5.405
7. Jo-Wilfried Tsonga (FRA)- 3.960
8. Nikolay Davydenko (RUS) - 3.655
9. Gilles Simon (FRA) - 3.320
10. Fernando Verdasco (ESP) - 3.185
11. Robin Soderling (SUE) - 2.905
12. Fernando González (CHI) - 2.815
13. Gael Monfils (FRA) - 2.485
14. David Nalbandian (ARG) - 2.465
15. Marin Cilic (CRO) - 2.340
16. Tommy Robredo (ESP) - 2.245
17. Radek Stepanek (TCH) - 2.015
18. Tomas Berdych (TCH) - 1.915
19. David Ferrer (ESP)- 1.890
20. Stanislas Wawrinka (SUI) - 1.835
58. Marcos Daniel (BRA) - 890
67. Thomaz Bellucci (BRA) - 813
107. Tiago Alves (BRA) - 592
183. Ricardo Hocevar (BRA) - 347
192. Ricardo Mello (BRA) - 334
197. João 'Feijão' Souza (BRA) - 324
201. Júlio Silva (BRA) - 311