postado em 18/08/2009 11:13
Chegando ao Mundial de atletismo de Berlim, Shelly-Ann Fraser tinha um objetivo na cabeça: "fazer a Jamaica feliz". E a atual campeã olímpica e agora mundial dos 100 metros rasos quase não pôde cumprir a missão devido a uma polêmica envolvendo a federação jamaicana da modalidade.
Fraser, que nesta segunda-feira venceu a prova mais nobre do atletismo mundial com apenas dois centésimos de vantagem sobre a compatriota Kerron Stewart, quase não defendeu na Alemanha o ouro conquistado na China em 2008. Ao lado de outras estrelas de seu país como Asafa Powell, ela não compareceu na semana passada à concentração jamaicana em Nuremberg, na Alemanha, e acabou excluída do Mundial pelos dirigentes de seu país - depois, conseguiria garantir sua participação por influência da IAAF (Federação Internacional de Atletismo).
A polêmica, contudo, não atrapalhou a preparação da atleta visando a Berlim, conforme ela própria garantiu com a nova medalha dourada já exposta sobre o peito. "Não pensei sobre isso, um assunto para nossos managers e outras pessoas. Fui apoiada por meu técnico (Steven Francis) para continuar focada em 100%, e ele é a razão pela qual estou correndo rapidamente".
Vivendo uma grande fase no atletismo mundial com Shelly-Ann Fraser, Kerron Stewart, Asafa Powell e também Usain Bolt, a Jamaica foi o outro fator de motivação da mulher mais veloz da atualidade para superar aqueles problemas. "As pessoas que ouvem falar sobre a Jamaica sempre ficam sabendo sempre de coisas como crime e corrupção, e queremos criar uma melhor imagem. Somos jovens e temos muito fogo queimando dentro de nós pelo nosso país. Amamos competir e fazer a Jamaica feliz".