postado em 18/08/2009 13:19
Se minimizava a importância do ranking de entradas até mesmo quando era o melhor tenista do mundo, Rafael Nadal garantiu não ter se importado muito agora que passou a ser o terceiro colocado da lista. Ultrapassado por Andy Murray na última segunda-feira, o espanhol se disse "tão feliz" quanto antes às vésperas de estrear no Masters 1000 de Cincinnati.
Na realidade, Nadal acabou superado por Murray e também por Roger Federer muito em função da lesão nos joelhos que o afastaram da quadra por 70 dias e o impediram de defender o título de Wimbledon. "Andy e eu tomamos vantagem disso", admitiu o próprio suíço, quando perguntado sobre o assunto.
Nadal, por sua vez, não nega que a opinião do colega seja verdadeira, pois acredita haver tido a "temporada sob controle" até sua contusão - nos quatro primeiros meses do ano, ele venceu o único Grand Slam disputado, na Austrália, e três dos quatro Masters 1000, em Miami, Montecarlo e Roma. Mesmo assim, acredita ter merecido perder a segunda posição da ATP para Murray. "Parabenizo Andy, que está completando uma campanha extraordinária".
A mudança, aliás, não tirará o sono do espanhol, garante o próprio: "O número três também é bom. Não mudam minha perspectiva nem meus objetivos". Em curto prazo, a única alteração para o jovem é se ele for confirmado como terceiro cabeça-de-chave do Aberto dos Estados Unidos, cujo início está marcado para o próximo dia 31. A não ser, portanto, que vença nesta semana em Cincinnati e veja Murray cair no máximo nas semis, Nadal poderá correr o risco de enfrentar Roger Federer antes da decisão em Nova York.
Mirando o futuro, é exatamente o Grand Slam norte-americano o foco do tenista atualmente. "É um torneio muito importante, porém desejo jogar bem até o fim da temporada", apontou, tentando fazer uma trajetória diversa à de 2008, quando, contundido também nos joelhos, não pôde disputar a Masters Cup e a final da Copa Davis.
Nessa tentativa de ganhar ritmo de jogo e seguir em evolução, Nadal conta com o apoio de Federer. "Todos sabemos que em Montreal (na semana passada) Rafa vinha de uma lesão e assim não pôde brigar como gostaria pelo ranking, mas agora voltou mesmo. Tenho certeza de que retornará forte", indicou o suíço, que ao final acompanhou o espanhol comentar, enfim, de forma mais entusiástica em relação à lista. "É claro que no futuro gostaria de recuperar meu posicionamento", concluiu o tetracampeão de Roland Garros.