postado em 18/08/2009 14:46
Cotado como possível candidato a senador pelo Tocantis, o técnico Wanderley Luxemburgo admitiu que a chance de se enveredar pela carreira política pode afastá-lo do Santos. O treinador, que reassumiu o comando do Peixe há um mês, preferiu adiar uma definição de sua carreira para 2010.
"Pode ser que eu seja candidato a senador por Tocantins. Se eu vir que há a possibilidade de ingressar por esse caminho, pode ser que caminhe para lá (candidatura ao senado)", revelou à Rádio Bandeirantes. O treinador ainda descartou que a classificação do alvinegro à Copa Libertadores seja um fator que vá segurá-lo no clube.
"Se eu vou continuar ou não, independe de Libertadores. Tudo vai depender, de repente, de um convite mais firme ou outra situação na minha vida profissional, em um outro contexto", despistou Luxa, que chegou ao clube suportado pelo presidente Marcelo Teixeira. Ele demonstrou apoio à administração do dirigente, outro que poderia mantê-lo na Vila Belmiro por mais uma temporada.
Mas, na semana passada, o mandatário alvinegro contou que não pretende concorrer às eleições para a diretoria executiva do Santos, marcadas para o final do ano. Contrário a esta postura de Marcelo Teixeira, Luxemburgo demonstrou seu total apoio à gestão do atual presidente santista.
"Independente da posição dele, acredito que, para o Santos, sua permanência se faz necessária até que possa aparecer uma situação, para que alguém possa substituí-lo. Enquanto isso não acontece, vejo o Marcelo como necessário ao Santos e o clube não pode deixar de ter isso, independente de eu continuar ou não. Tenho certeza que ele (Teixeira) vai ser muito bom para o Santos e, por isso, deve continuar", afirmou.
Manager - Apesar de não saber se irá ficar ou não no Alvinegro Praiano, Luxemburgo falou sobre um plano seu para o futuro: ser manager de uma grande equipe do futebol brasileiro. "Pode ser que no ano que vem eu comece a direcionar minha vida profissional para ser diretor, manager de um clube".
"Pode ser que eu coloque um técnico, no próprio Santos, em que eu seja o Alex Ferguson (do Manchester United), o Arsene Wenger (Arsenal) ou o Capello (treinador da seleção inglesa), para fazer uma gestão profissional", continuou o treinador, animado com a possibilidade inovadora para o futebol brasileiro.
"Quero algo bem profissional, que seja para mudar a cara do futebol. Estou preparado para isso. Então, pode ser que eu fique no campo, mas dentro do futebol de uma outra maneira, já como um manager responsável pelo futebol. Fazer uma proposta para trabalhar dentro de orçamento, de investimento, totalmente diferente do que existe hoje no futebol e colocar um técnico que pode estar no campo dando treinamento e que pode até estar no jogo, junto comigo, no banco. É uma coisa que pode começar, que eu tenho na cabeça há muito tempo", encerrou Luxa.