postado em 19/08/2009 10:41
Desde que começou a ser especulado como o substituto de Nelsinho Piquet na Renault, Romain Grosjean despertou uma dúvida em vários jornalistas de todo o mundo: como classificar o piloto nascido em Genebra, na Suíça, e que porta também a cidadania francesa? O jovem de 23 anos, nesse contexto, acabou com qualquer polêmica nesta quarta-feira ao cravar que a bandeira que defende nas pistas é aquela da França.
"No automobilismo, minha nacionalidade é claramente francesa, porque todo o apoio para a minha carreira veio da França, e nunca da Suíça", afirmou Grosjean ao diário o Le Matin, de Lausanne. Sua referência é o fato de que entrou na elite desse esporte por meio do programa de desenvolvimento de pilotos da Renault, em 2006. Portador de uma licença para guiar profissionalmente emitida pela federação gaulesa (a FFSA), ele sempre ouviu a Marselhesa quando faturou as quatro vitórias que soma na GP2.
A declaração de Grosjean, curiosamente concedida a um jornal suíço, vem somente para aumentar as especulações levantadas por Lucas di Grassi em entrevista à GE.Net no último sábado, quando o brasileiro afirmou que o colega corre sob a bandeira da França "provavelmente por causa da Renault". Oficialmente, porém, a contratação do novato tem motivos técnicos, sendo que ele foi muito elogiado por Flavio Briatore e Pat Symonds nesta terça.
Para concluir sua argumentação, o novo companheiro de Fernando Alonso na Fórmula 1 lembrou que teve dúvidas entre seguir carreira no automobilismo ou no esqui: sua decisão final, assim, foi muito influenciada pela montadora de Boulogne-Billancourt. "A Renault me apoia desde 2006, e foi apenas com sua ajuda que eu pude me permitir a continuar correndo".