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Time nega racha por aumentos e aceita progressão de Belluzzo

postado em 21/08/2009 10:44
Em 5 de agosto, o Palmeiras e sua parceira, a Traffic, anunciaram que nenhum de seus atletas seria negociado até o fim deste ano e, para satisfazer quem tinha propostas para sair, resolveu dar aumentos. Desde então, o time não venceu mais. Foram três empates, uma derrota e a queda da distância na liderança do Campeonato Brasileiro. Mas os jogadores garantem que tudo não passa de uma coincidência. Sondados ou com ofertas oficiais de clubes do Brasil ou do exterior, Cleiton Xavier e até o reserva Sandro Silva - que nem entrou em campo na desfalcada equipe que perdeu do Coritiba na quarta-feira - foram 'premiados', assim como Pierre, que ainda acerta os últimos detalhes de seu novo salário antes de renovar por quatro anos. O próximo a ser prestigiado deve ser Diego Souza. Tudo isso, segundo a diretoria, é fruto de sucesso individual medido regularmente em uma planilha. "Todos os jogadores têm uma tabela de progressão anual pelo desempenho. É normal premiar nesta condição e conversamos claramente com eles sobre isso", informou o presidente, e economista, Luiz Gonzaga Belluzzo. O gerente de futebol Toninho Cecílio, dirigente mais próximo do elenco, tem força na avaliação e repassa ao vice-presidente Gilberto Cipullo e aos diretores de futebol Savério Orlandi e Genaro Marino. A partir daí, rediscute-se o contrato. Publicamente, o plantel diz concordar com o planejamento. "Está todo mundo contente com o salário que está ganhando. Cada um conseguiu o aumento através de seu trabalho. E não é nem aumento, é um reconhecimento e também um agrado para evitar que o jogador saia. Foi assim com o Pierre e o Sandro Silva, que tinham propostas e renovaram", defende Wendel. "Este aumento vem junto com merecimento. Da minha parte, não tem problema nenhum. Além disso, se o time for campeão, todos vão ser valorizados", prevê o goleiro Bruno, que tem contrato até junho de 2010 e espera a concretização da promessa dos diretores em renovar seu contrato - provavelmente com aumento salarial. E trocar propostas por uma ampliação no ganho mensal é algo que os atletas admitem continuar fazendo. "É normal ganhar um aumento quando se leva uma oferta para a diretoria. Mas estou muito contente com o meu salário", garante Wendel, jogador que nem era relacionado por Wanderley Luxemburgo no início do ano e hoje vive uma titularidade incontestável - ainda sem nenhum aumento, mas com interesse de outros times. "Especulação sempre tem, do pessoal de fora (do Brasil)... Quem está jogando sempre, está lá dentro da arena, aparece mais. E os caras ficam sempre de olho, né? Mas por enquanto não tem nada. E eu também quero continuar. Estou feliz no Palmeiras, quero ser campeão brasileiro aqui", ameniza o lateral direito. Mas há no plantel jogadores que não terão a chance nem de seguir treinando com Muricy Ramalho. Apesar de a diretoria alegar que tem "uma das folhas salariais mais em conta do futebol brasileiro", a ordem no clube é cortar gastos em todos os departamentos para evitar um novo fechamento de ano com déficit. Belluzzo vê o futebol equilibrado financeiramente, principalmente com a proximidade de um patrocínio no calção com a Unimed e de fechar com a Ambev um acordo ao lado de Corinthians, São Paulo e Santos. Mas o presidente admite que atletas pouco utilizados serão dispensados para o Palmeiras economizar - Fabinho Capixaba já foi emprestado ao Avaí e o volante Mozart, que não é nem relacionado por Muricy, deve ser o próximo a sair.

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