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Atrás de canhoto, Palmeiras busca independência de seus meias

postado em 24/08/2009 13:36
No mês em que substituiu Vanderlei Luxemburgo, Jorginho intensificou as duas melhores armas ofensivas do Palmeiras: fez Diego Souza e Cleiton Xavier aparecerem mais no ataque. Com Muricy Ramalho, ratificou-se a importância dos dois e a liderança do Campeonato Brasileiro foi mantida. O desafio agora é encontrar alternativas para a previsível marcação adversária na dupla. "O Diego Souza e o Cleiton Xavier fazem muita falta. Nos preocupamos em ter muita paciência para analisar as coisas e fazer exercícios: como jogar sem um dos dois? Quando perde o Diego ou o Xavier, o time tem muita dificuldade", admite Muricy Ramalho, que não conseguiu ainda encontrar uma solução no elenco e pediu um meia à diretoria. "Preciso de um camisa 10 canhoto. A Argentina tem muito, a Colômbia tem um pouquinho, mas aqui no Brasil tem muito pouco. É uma dificuldade enorme de achar", argumenta o treinador, vago ao dizer se Renato, ex-Corinthians e Flamengo, preencheria seus requisitos. "O Renato todo mundo conhece. É muito bom jogador e é canhoto, mas não é um armador. É mais de força, bate muito forte na bola. Só que está há algum tempo fora e terá a dificuldade que todos que voltam para o Brasil têm", já prevê o comandante, deixando claro que o hoje atleta do Al-Shabbab, dos Emirados Árabes Unidos, tem características que faltam ao grupo palmeirense. O que o chefe não abre mão é de que os contratados venham para ser titular. "Para compor grupo, não vamos contratar. Estamos vendo com carinho porque, se vier, tem que ser diferenciado, muito bom. Para pôr esta camisa, que é pesada", avisa, satisfeito com os meias que tem. "O Xavier é um meia mesmo, difícil de ter igual no Brasil, destro e com dinâmica. O Diego é um ponta-de-lança, toma a bola, vai para dentro dos caras, e controla na necessidade porque é muito forte, segura a bola", elogia. Além de alguém para dar alternativas na armação, o Verdão busca um zagueiro e um atacante. Na frente, Vagner Love segue sendo o sonho, enquanto na retaguarda, apesar de Muricy ter gostado de Mauricio e aprovar a dupla titular formada por Mauricio Ramos e Danilo, há um consenso de que é preciso alguém mais experiente. Principalmente para ajudar Marcos e Edmilson na missão de orientar o time dentro e fora de campo. "Nós e a diretoria temos consciência de que é um bom time. Quando jogam todos, é forte, consistente, difícil de ser batido. Mas quando perde algumas peças fica difícil. Este time tem um bom futuro, jogadores que com certeza vão ficar bons com o passar do tempo, mas tem muitos jovens. Precisamos de mais experiência", aponta Muricy, preocupado em qualificar seu plantel desde quando chegou ao Palestra Itália.

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