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Presidente do São Paulo admite busca de recursos no BNDES para Morumbi

postado em 24/08/2009 14:12
O São Paulo desistiu da ideia de atrair apenas investimentos privados para as reformas do Morumbi com vistas para a Copa do Mundo de 2014. O presidente tricolor, Juvenal Juvêncio, confirmou nesta segunda-feira que o clube está em processo para receber verbas do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). "Estamos procurando recursos do BNDES, este é um direito e é absolutamente devido. Vamos trazer de lá. Se loja de luxo e outras empresas podem, por que o futebol, que mexe com os pés no chão, não pode?", questionou. Juvenal chegou apressado ao lançamento de uma academia no estádio, nesta segunda, justamente porque precisou interromper uma reunião com representantes de uma empresa alemã que se candidatou para fazer a cobertura do Morumbi. E os recursos que espera receber do banco serão destinados justamente para esta parte específica da modernização do Cícero Pompeu de Toledo. "Deixei uma reunião agora com três alemães projetistas de cobertura", explicou o presidente, que completou. "O São Paulo, como empresa legítima, tem direito ao dinheiro do BNDES. Não é dinheiro público, e sim captado no mercado. Vamos ter o financiamento para a cobertura do estádio. Estamos discutindo prazos, carências, garantias, agentes repassadores... Para o resto, já temos parceiros". O Tricolor ainda necessita provar à Fifa que tem condições de realizar toda a modernização prometida para o estádio. O próprio presidente reconheceu que a entidade é rígida na avaliação. "As indagações da Fifa são bastante acres e os representantes dela são duros no processo. Um deles nos disse que precisamos ter cuidado com a pista de atletismo no Morumbi, além de eventuais pontos cegos". Mesmo assim, o mandatário citou os projetos de outras cidades para advertir que a capital paulista segue com a melhor proposta. "Natal está escolhendo seu terreno ainda, e o Maracanã é tombado, mas precisa demolir seu miolo. Enquanto isso, o Morumbi já cumpre 84% das necessidades do caderno de encargos. Estamos estudando com muito carinho, mas o processo de cobertura não é simples, pois não podemos sobrecarregar a estrutura já existente. É como um chapéu que não se apóia na cabeça". Segundo o presidente são-paulino, a Fifa ainda exige uma área de convivência para 85 mil pessoas, o que deve ser resolvido pelas administrações municipal e estadual. "Isso será fora do estádio e, portanto, é da competência do governo do Estado e da Prefeitura", acrescentou. A expectativa da diretoria do São Paulo é ter o estádio completamente reformado até o fim de 2012, poucos meses antes da Copa das Confederações.

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