postado em 25/08/2009 16:12
Apenas um ponto para fechar o jogo. Match points salvos. Virada espetacular. Se este foi o roteiro das vitórias da Rússia sobre o Brasil na semifinal de Atenas-2004 e na decisão do Mundial-2006, Gamova e companhia provaram do próprio veneno na edição 2009 do Grand Prix.
Vencendo por 14 a 12 no tie-break da estreia das duas equipes na fase final da disputa, a Rússia não conseguiu parar a reação brasileira e acabou derrotada por 16 a 14. O resultado da partida foi decisivo para determinar o título verde-amarelo e o vice russo, mas as brasileiras garantem que não sentiram um "gostinho especial" pelo resultado.
"Nem tanto...", sorriu Sassá, ao ser questionada sobre o tema. Atleta há mais tempo na seleção, desde 2002, a ponteira esteve presente nas duas traumáticas partidas. "Na atualidade a gente já tem a cabeça bem tranqüila com o que passou", garantiu a jogadora.
Treinador da seleção nas duas ocasiões, José Roberto Guimarães é outro que não encara a revanche como completa, agora que o Brasil também é campeão olímpico. "Aquela semi de Atenas foi traumática e nós nunca vamos esquecer, mas assim como a Rússia teve sorte nesses dois jogos, nós tivemos agora. Tie-break é sempre muito difícil", analisou.
Para ele, a virada no Grand Prix demonstra que o Brasil ainda tem sérias dificuldades para enfrentar a Rússia. "Elas continuam com aquela velha escola de bolas altas e poucas fintas. É um time difícil de ser marcado, com atacantes muito fortes e altas. Não estávamos acostumados a jogar nesse ritmo das russas, mas essa vitória foi boa porque a partir daí o time passou mais a acreditar que também poderia derrotar as outra quatro seleções e ganhar o Grand Prix", comentou.
Sassá, por sua vez, não se esqueceu ressaltar a raça do time nacional contra a Rússia. "Ficamos com aquele gostinho de dever cumprido no final, pois lutamos por cada ponto. Como aconteceu a favor delas um tempo atrás, aconteceu para a gente agora. Foi o nosso momento", comemorou a ponteira.