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Brasil perde chances de medalha de ouro e prata

postado em 26/08/2009 09:05
Terminou agora há pouco a fase eliminatória do primeiro dia de lutas no Campeonato Mundial de Judô. Os três brasileiros que subiram ao shiai-jô perderam pelo menos uma luta e já não tem chances de medalhas de ouro ou prata. O máximo que podem fazer é subir ao pódio como terceiros colocados e trazer uma consagradora medalha de bronze -- ao menos entre os pesos ligeiros. Pesos ligeiros A piauiense Sarah Menezes, 19 anos, deu mostras de ter evoluído muito desde a Olimpíada de Pequim, em agosto do ano passado. Lá, ela estava nervosíssima, tomou um ipon de uma adversária inexpressiva logo na primeira luta e acabou desclassificada ainda na fase eliminatória. Hoje, não. Sarita, como é chamada pelos colegas de Seleção, bateu a mais experiente e premiada argentina Paula Pareto na primeira rodada e a russa Ludmila Bogdanova na segunda. Nas quartas-de-final, diante da campeã olímpica Alina Dumitru, da Romênia, os velhos problemas psicológicos afloraram. A brasileira lutou bem, mas sucumbiu à experiência da oponente. Nos últimos segundos do combate, Sarah chegou a chorar, frustrada por não conseguir derrubar Dumitru. No masculino, Denílson Lourenço perdeu para o ucraniano Georgiy Zantaraya logo na primeira rodada. Ele mantém as esperanças porque Zantaraya avançou à semifinal. Ambos lutarão a repescagem, que começa dentro de alguns minutos. Por ter ido mais longe na primeira fase, Sarah está a duas lutas da medalha de bronze. Lourenço precisa de pelo menos quatro improváveis vitórias para chegar ao pódio. Peso meio-leve Na categoria em que o Brasil é bicampeão mundial, com o gaúcho João Derly, o dia parecia promissor. Como Derly, lesionado, não viajou, coube a seu reserva, Leandro Cunha, fazer as honras da casa. Logo na primeira luta, Cunha viu-se diante do bicampeão olímpico, o japonês Masato Uchichiba. E partiu pra cima. Conseguiu abrir um waza-ri de vantagem, valendo-se do mesmo kata-otoshi com que Derly vem infernizando a vida do japonês nos últimos anos. Mas na metade final do combate, Uchichiba conseguiu o ipon e foi em frente na chave. O japonês, porém, perdeu a oitava-de-final para o uzbeque Mirali Sharipov. Assim, Cunha está fora e o Brasil deixa de ir ao pódio entre os meios-leves pela primeira vez em quatro anos.

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