Rio de Janeiro (RJ) ; O atacante do Vasco Aloísio Chulapa está fora da partida desta sexta-feira, às 21h, contra o Ceará, em São Januário, pela 21; rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Na noite de terça-feira, durante a vitória por 1 x 0 sobre o Brasiliense, no Serejão, em Taguatinga, o atleta desmaiou ao se chocar com um adversário, perdeu os sentidos e foi levado para o hospital. Apesar de já estar bem, o atacante vai ficar por sete dias no departamento médico.
"Os exames deram todos normais. Ele foi para o hotel e ficou sendo observado por mim. Hoje acordou muito bem, mas logicamente fará o processo normal depois dessa situação. Fica afastado por sete dias para depois ser liberado novamente para a comissão técnica", afirmou o médico Paulo César Rocha.
O médico explicou que o fato de o atleta estar mascando um chiclete na hora do choque foi determinante para que ele perdesse a respiração. Ao entrar no gramado e encontrar Aloísio com um quadro de traumatismo craniano, Rocha abriu a boca do atleta e retirou a goma que evitava que ele respirasse.
Traumatismo
"Não há dúvida de que o problema do Aloísio foi grave, com a perda respiratória por causa de uma goma de mascar que ele tinha na boca. Identificamos um traumatismo craniano, algo que a gente não queria encontrar. Por isso a necessidade da abordagem imediata para reversão do processo. Retirei o chiclete com a mão e o fluxo respiratório voltou ao normal", explicou o médico.
Rocha confirmou que o chiclete poderia ter provocado a morte do atleta. "Não apenas por conta da goma de mascar, mas também pelo traumatismo craniano, existia o risco de morte. A goma apenas multiplicou o risco gerado pelo traumatismo. Chiclete não é recomendado para quem vai praticar qualquer atividade esportiva."
Na manhã desta quarta-feira, em entrevista à Rádio CBN, Aloísio garantiu que não vai mais entrar em campo mascando chiclete: "Por eu ter me chocado com outro atleta e perdido os sentidos, o chiclete ficou preso na minha garganta. Me lembro do médico tirando ele de lá, mas não me recordo de muita coisa. Chiclete, nunca mais".