postado em 27/08/2009 12:43
Um time que foi campeão olímpico de basquete em Atenas-2004 e medalhista de bronze em Pequim-2008 deveria facilmente conseguir uma das quatro vagas em disputa na Copa América para o Mundial de 2010, certo? Pois a Argentina, logo após ser surpreendida pela Venezuela em sua estreia no evento continental, já admite que um eventual desastre é possível, tanto é que considera o embate deste sábado com o Brasil como uma "final".
Sem nomes como os de Manu Ginobili, Carlos Delfino, Andres Nocioni, Fabricio Oberto e Walter Herrmann, que estão ou já jogaram na NBA, a seleção alviceleste foi disputar a Copa América comandada pelo solitário pivô Luis Scola, destaque do Houston Rockets, e logo de cara, nesta quinta-feira, foi batida com inapeláveis 86 a 69 pela Venezuela.
Segundo as declarações dos próprios jogadores argentinos, a derrota pesou bastante no moral do plantel. "Isso é muito duro, não fizemos nada bem", disse o ala-pivô Leo Gutiérrez, acompanhado pelo armador Pablo Prigioni: "Estando como estávamos podíamos esperar uma derrota, mas não jogando tão mal".
Com 31 anos, Gutiérrez é um dos remanescentes da geração campeã olímpica em 2004 e não nega que a vaga no próximo Mundial comece a ficar ameaçada caso a seleção brasileira vença neste sábado. "Precisamos descansar, treinar e pensar no Brasil. Será uma final para nós, devemos ganhar se quisermos ter chances de avançar".
Localizada na mesma chave (a B) do elenco verde e amarelo, que estreou em Porto Rico com uma vitória por 81 a 68 sobre a República Dominicana, a Argentina tem mais três jogos na primeira fase da Copa América para ficar entre os quatro primeiros que se classificam ao mata-mata. Depois, precisaria eliminar um rival do outro grupo para chegar às semis e se garantir na Turquia-2010.