postado em 28/08/2009 09:52
O São Paulo vai enfrentar neste domingo um centroavante que marcou gol em todos os arquirrivais regionais que encarou. Jogando pelo Vitória, Obina deixou sua marca diversas vezes no Bahia, e fez o mesmo com Vasco, Botafogo e Fluminense quando defendia o Flamengo. No Palmeiras, Santos e Corinthians já foram vítimas. E neste fim de semana, no Morumbi, um pedido de ajuda divina vai se repetir para manter a fama.
O baiano é devoto de Nossa Senhora Aparecida, que seguirá como inspiração para balançar as redes do Tricolor. "Antes de todo o jogo, ligo para a minha mãe. Precisa falar com a mãe, ganhar a benção, né? E ela faz as rezas dela para Nossa Senhora. Sempre ajuda", conta o camisa 28 do Verdão, com um sorriso "Em clássico ela reza mais", gargalha.
Idolatrado por ser herói em duelos contra os adversários mais tradicionais, o atacante alega que sua preparação é igual antes de todas as partidas. "Fico do mesmo jeito. Sigo um brincalhão, um cara simples, jogando baralho e video game com o pessoal na concentração. Sempre muito tranqüilo. E pedindo a Deus para que me ilumine no dia para eu fazer gol e ajudar meu time a vencer", relata.
Aos 26 anos, a esperança de gols alviverdes vê que sua estratégia deu certo. O jogador mostrou seu faro de artilheiro logo na primeira oportunidade como titular nos profissionais do Vitória, clube que o revelou. O adversário era exatamente o Bahia, que não escapou de ver seu goleiro ser superado pelo então jovem goleador naquela partida em 2004.
Depois de uma rápida passagem pelo Al-Ittihad, da Arábia Saudita, Obina chegou ao Flamengo, onde não cansou de dar motivos para os torcedores tripudiarem sobre os arquirrivais cariocas graças a seus gols. O hoje atacante do Verdão não esquece principalmente da primeira final da Copa do Brasil de 2006, quando deixou o seu na vitória por 2 x 0 sobre o Vasco e ouviu o Maracanã apontá-lo como melhor que Eto'o, ídolo do Barcelona campeão europeu na época.
A comparação ao camaronês, porém, foi deixada de lado com a saída da Gávea. O que continuou foi o desempenho em clássicos. Desde que Obina chegou ao Palmeiras, nenhum outro atleta fez gol contra um rival - o camisa 28 marcou no empate por 1 x 1 contra o Santos e assinalou três na vitória por 3 x 0 sobre o Corinthians. Mesmo assim, nada de promessas contra o São Paulo. "Vontade não vai faltar. Espero fazer a alegria do torcedor", limita-se a dizer, voltando a mostrar sua religiosidade.
"Eu me acho um abençoado por Deus só de estar vestindo a camisa do Palmeiras e disputar um clássico como este. Vou me dedicar como em outros clássicos. Se puder fazer gol e ajudar o Palmeiras, será muito importante. Se não fizer e der um passe, vai ser bom também", garante.
Neste espírito, o centroavante se prepara para seu primeiro clássico pelo Palmeiras no Morumbi. Novamente, rezando por uma atuação decisiva. "Minha expectativa para domingo é a melhor possível. Neste momento, tenho que estar focado no jogo. Tenham certeza de que vou procurar fazer o meu melhor, já que Papai do Céu me dá a luz em momentos tão bons como é um clássico", promete.