O sol que brilhou intensamente na manhã de ontem em Brasília deixou animados os competidores do Circuito Brasileiro de Windsurf Fórmula, torneio que agita o Lago Paranoá neste fim de semana. Desfavorecidos pela chuva e falta de vento dos últimos dias, os esportistas torciam, desde ontem, por mudanças no clima. Elas vieram, mas não 100%. Sorte dos brasilienses que, competindo em casa, confirmaram o favoritismo diante de mais de 80 atletas de 14 estados que disputam a etapa final da Fórmula Experience em diferentes categorias(1). Entre os destaques da competição estão os catarinenses Wilhelm Schurmann, líder do ranking mundial de Fórmula Windsurf, campeão sul-americano e norte-americano deste ano na modalidade, e Alexandre Neves, campeão mundial Master Formula Experience (2).
;Não esperávamos que fosse reunir um número tão grande de competidores. Para nossa surpresa muitas pessoas se inscreveram;, comenta Marcello Morrone, organizador da prova e vice-campeão mundial na classe Fórmula Experience. ;Brasília é uma referência em termos de resultados. Nossa intenção com o evento é promover sempre esse intercâmbio. Assim, nossos competidores estarão em contato com velejadores de todo o mundo;, emenda.
Ontem, 80 competidores participaram das três regatas realizadas ao longo de cinco horas de competições. ;As provas se alongaram demais, desgastando os atletas;, observa Morrone. ;A ideia é realizarmos hoje quatro regatas curtas, com desenvolvimento mais técnico;, antecipa.
A primeira regata foi vencida pelo brasiliense Rodolfo Mariozi, 23 anos. Desde a adolescência praticando o windsurf, ele observa que as condições instáveis do vento acabaram estendendo a prova. ;A expectativa era de que a prova terminasse no máximo em 30 minutos, que é o normal, mas com o vento falhado durou mais de uma hora;, comenta o velejador, terceiro colocado na segunda regata.
Irritado com um velejador intruso que não estava participando da prova, mas atrapalhou alguns competidores, inclusive ele, o catarinense Alexandre Neves explicou o favoritismo dos brasilienses na competição. ;Tenho dificuldade em velejar em água doce. Em água salgada, com onda, a prancha flutua melhor;, detalha. ;Mas deu para treinar um pouco, testar o equipamento. Da próxima vez que viermos vai dar para mostrar alguma coisa;.
1- Categorias O torneio se divide em nove categorias: open, sub 15, sub 17, sub 20, sênior, master, gran master, feminino, leve e pesado
2- Fórmula Experience Na categoria, a vela e prancha são bem mais leves do que as usadas na Fórmula Windsurf. Os equipamentos técnicos também são diferentes, visando a velocidade. Na FW, o aparato técnico favorece o desempenho para percurso de longa distância. Uma prancha de windsurf pode chegar a uma velocidade de 60km/h.