postado em 02/09/2009 10:18
Perseguido pela torcida e criticado por conselheiros após a derrota por 2 x 1 para o Vila Nova no Canindé, Edno está disposto a cumprir sua promessa e deixar o elenco da Portuguesa o quanto antes. Sem a intenção de manter o atleta no grupo, o clube trabalha para repetir a arrecadação obtida com o atacante Diogo e segue os mesmos passos nas negociações.
Com baixo rendimento e também criticado pela torcida, Diogo foi afastado do elenco durante o Brasileirão de 2008 até acertar, por 10 milhões de euros (R$ 27 milhões), sua transferência ao Olympiakos, da Grécia. Da mesma forma, Edno não vai para um grande centro europeu, mas, provavelmente, para o leste europeu.
"A Portuguesa não quer segurar o Edno, até porque ele está com uma oferta muito boa de um time de fora do Brasil. Mas vamos fazer como foi com o Diogo: vamos afastá-lo do time até definir sua situação", revelou nesta terça-feira o técnico Vagner Benazzi, depois da vitória da Lusa sobre o Figueirense por 3 x 1, na Arena Barueri.
Assim, o time volta a trabalhar com um procurador na transação internacional - em 2008, Cláudio Guadagno intermediou a ida de Diogo à Grécia. Desta vez, João Dias é o responsável - possui documento oficial do time para proceder com as negociações, que devem acontecer até o dia 10.
"O Edno só sai para um time que pague o que ele vale, e se eu aceitar", afirmou o presidente Manuel da Lupa, confirmando que o destino deve ser mesmo fora do Brasil: "Temos proposta de um clube estrangeiro. Mas tivemos também interesse do Flamengo, Inter, Grêmio, Corinthians, e, agora, o São Paulo". O colorado já desistiu do negócio pelo alto valor exigido por 50% dos direitos do atacante.
Saída - Apesar de reconhecer na saída de Edno uma grande perda para o plantel da Portuguesa, o técnico Vagner Benazzi se mostra tranquilo quanto ao assunto. Para ele, a decisão do jogador foi tomada pela maneira como os protestos ocorreram - foi criticado pela torcida e por conselheiros na derrota por 2 x 1 para o Vila Nova, na qual foi reserva.
"No último jogo no Canindé, ele tinha que ter entrado. É que o técnico era novo (René Simões) e não conhecia, mas o Edno não é jogador de ficar na reserva. Aí entrou, não se encontrou no jogo e irritou a torcida", disse o treinador, que nesta terça-feira já atuou sem o jogador.