postado em 03/09/2009 10:16
Os jogadores da seleção brasileira admitem publicamente que esperam um jogo violento neste sábado, quando a Argentina tenta dar sobrevida ao técnico Diego Maradona e não complicar a conquista de uma vaga na Copa do Mundo de 2010. Mas Dunga discorda de seus comandados e se mostra indiferente à situação dos adversários no duelo em Rosário.
"Não me preocupo com os outros. O próximo jogo é sempre o mais decisivo. Independentemente de qualquer coisa, tem que somar três pontos. Tenho que trabalhar e usar a minha postura para os jogadores fazerem o seu melhor. O resto é o jogo em campo", minimizou o treinador.
O ex-volante já participou do clássico como atleta e, como técnico, venceu na Copa América e em amistoso em 2007, empatou pelas Eliminatórias em 2008 e perdeu nas Olimpíadas de Pequim. Com a experiência, sabe a história que envolve o encontro. "São as seleções sul-americanas que mais venceram Mundiais. Não existe amistoso ou jogo diferente entre eles, independentemente da situação. A rivalidade é normal."
Rivalidade, porém, nunca foi violência neste confronto segundo o capitão do tetracampeonato verde-amarelo. "Lógico que em algumas partidas, por algum acidente de percurso, o jogo foi mais forte. Este clássico sempre foi aguerrido. Mas a violência nunca imperou. Futebol é contato, não tem outra forma de ser", garantiu, assegurando 'masculinidade' em seu time.
"Com o passar do tempo, a mídia passou a rever mais sempre principalmente os lances sem bola e ajudou a não ter faltas desproporcionais. Mas é sempre 11 contra 11, ninguém é mais homem que ninguém. O que impera sempre é o futebol dentro de campo", defendeu o brasileiro, alheio às provocações de Maradona. "O futebol com 11 Maradonas não ia dar certo e com 11 Dungas também. Somos totalmente diferentes."
As semelhanças entre ambos também acabam na classificação das Eliminatórias Sul-americanas para a Copa de 2010. O Brasil lidera com 27 pontos, cinco acima dos hermanos, que estão em quarto lugar. A esperança argentina é bater os arquirrivais, contando principalmente com Messi. Mas o camisa 10 do Barcelona não será nem marcado individualmente neste fim de semana.
"Todo jogador com a bola merece marcação, e não adianta marcar um só. Teremos nossas precauções naturais. Mas temos que pensar em jogar também, não só em marcar. Quando tivermos a bola, tenho que aproveitar a característica dos jogadores e a qualidade do futebol brasileiro, que é o drible, o passe, o chute", enalteceu Dunga.