postado em 03/09/2009 12:44
Segundo o dono da Force India, guiar para a Ferrari é o sonho de qualquer italiano e ele não poderia estragar a chance concedida pela equipe de Maranello a Giancarlo Fisichella. Substituto de Felipe Massa até o fim da atual temporada da Fórmula 1, o piloto de 36 anos ratificou as palavras do chefe e lhe agradeceu muito por ter chegado a um rápido acordo com a Scuderia.
Conforme garantiu Mallya, o acerto que permite Fisichella encerrar o campeonato pela Ferrari foi fechado em apenas 24 horas, sendo que nenhum tipo de pagamento foi necessário. Tocando pela primeira vez no assunto, o veterano disse que o indiano foi muito "generoso" por tê-lo liberado do contrato que o ligava ao time por mais três meses.
"É verdade que essa sempre foi minha ambição e sou muito agradecido a Vijay Mallya por ter permitido essa oportunidade", disse 'Físico'. No início da carreira, ele pintou como uma grande promessa da Fórmula 1 e seu futuro ferrarista era dado como certo, mas quase acabou não se concretizando por sua queda de rendimento.
Nas 225 etapas já realizadas na categoria, Fisichella colecionou três vitórias e quatro pole positions, a última no Grande Prêmio da Bélgica a bordo da Force India. Muito animado em Maranello, já se especula que o piloto possa continuar como testador em 2010, em tese que ganhou força depois que ele falou em tom de despedida do time verde, amarelo e branco. "Espero que meu período tenha ajudado a Force India a crescer. Eles agora são muito competitivos e desejo-lhe tudo do melhor".
Do lado da Ferrari, o chefe esportivo Stefano Domenicali apostou em bons resultados a partir da nova aquisição, que pode ser essencial para que o terceiro posto do Mundial de Construtores seja garantido. "Escolhemos Fisichella porque esperamos que ele possa nos dar uma contribuição valiosa na parte final da temporada".
O dirigente ainda confirmou que o fato de a novidade ter nascido em Roma pesou a seu favor - em 13 de setembro, um Grande Prêmio da Itália terá um piloto da casa defendendo a Scuderia pela primeira vez desde 1992. "Estamos orgulhosos por colocar um italiano no cockpit em Monza", disse ele, que também agradeceu a Luca Badoer pela participação nas duas últimas provas. "Luca mostrou muito espírito de equipe e infelizmente não conseguiu mostrar seu real valor, mas, sob aquelas circunstâncias, qualquer um teria problemas", avaliou, recordando que o testador não competia na Fórmula 1 há dez anos antes de voltar às pistas.