postado em 03/09/2009 17:28
O meia Kaká escolheu justamente o dia em que a primeira vitória de Dunga na seleção completou três anos para exaltar o trabalho do técnico. Para o astro do Real Madrid, o treinador soube renovar o grupo, que chegou a ser questionado, e coloca o time canarinho entre os favoritos ao título da Copa.
Há exatos três anos, o Brasil vencia a Argentina por 3 a 0, com direito a golaço de Kaká, que começou na reserva, em amistoso disputado em Londres. Antes disso, o capitão do tetra havia estreado na nova função com empate diante da Noruega. De lá para cá, recebeu críticas de imprensa e torcida, que inventou o coro 'Adeus Dunga', mas se segurou no cargo principalmente graças às conquistas da Copa América em 2007 e da Copa das Confederações dois anos depois.
"Todos que acompanham viram que a seleção mudou muito. È um novo ciclo nestes três anos. Juntos conseguimos conquistas importantes. Muita gente duvidou no começo. Só quem está aqui sabe o quanto fomos criticados. Mas esta seleção convenceu, amadureceu e cresceu", comemorou Kaká, para mais uma vez lembrar dos tempos difíceis. "No início a comissão técnica era questionada, assim como os jogadores que vinham sendo convocados. Mas conquistamos dois títulos e lideramos as Eliminatórias. Os que eram questionados hoje são quase unanimidade".
Satisfeito com o ambiente fora de campo e o desempenho dentro dele, o meia não tem dúvidas de colocar o Brasil entre os favoritos ao título da Copa de 2010. "É difícil falar em nível, pois ainda não enfrentamos alguns grandes rivais. Mas temos um bom nível. Acredito que mais uma vez vai entrar como um dos favoritos", opinou.
Nesta Era Dunga, Kaká superou um atrito com o treinador, que o criticou por ter escolhido a data de uma cirurgia justamente para desfalcar a seleção ao invés do Milan, seu clube na época, e ganhou a confiança do gaúcho. Tanto que agora se vê próximo de duas marcas: precisa de um gol para igualar Zico e Romário como os maiores artilheiros da seleção nas Eliminatórias (11 tentos) e neste sábado, contra a Argentina, comemora 70 jogos com a camisa canarinho.
Sobre o primeiro feito, o meia disse que seria especial atingi-lo diante do arquirrival. "Seria especial na Argentina, mas ainda faltam quatro jogos e, se eu puder igualar essa marca lá, seria especial. É ainda mais legal porque não sou um artilheiro, um jogador de área. Espero ajudar o Brasil com gols e marcar meu nome na história", finalizou.