postado em 04/09/2009 10:53
Último colocado do Brasileiro, o Fluminense também vive crise nos bastidores. Além da pressão interna pela saída do presidente Roberto Horcades, os salários estão atrasados há dois meses. Como protesto, membros do departamento de esporte amador fizeram uma paralisação nessa quinta-feira e ameaçam greve. Já o time de futebol profissional, por sua vez, pensa em um futuro individual para esquecer a dívida e garantir a equipe na Série A.
"Isso não me atrapalha em nada. Vim de uma equipe pequena e sempre quis jogar em um clube grande. Não vai ser por causa de salários atrasados que vou deixar de me empenhar. A dedicação é sempre a mesma por estar no Fluminense", prometeu Kieza, contratado em maio depois de se destacar pelo Americano-RJ no Campeonato Carioca.
A maior preocupação do atacante é não 'manchar' sua carreira com uma queda à segunda divisão. "Ninguém quer ter no seu currículo que rebaixou um clube como o Fluminense. Eu, pelo menos, não quero. E todos aqui têm se cobrado muito, principalmente individualmente. Acredito muito neste grupo", enalteceu o substituto do lesionado Fred.
A preocupação com o descenso é justificada pela tabela do Nacional: o Tricolor tem apenas 16 pontos somados em 22 rodadas. "Daqui a pouco vão faltar dez, nove, oito, sete jogos, e aí vai ficando cada vez mais difícil. Temos que fazer alguma coisa. Se continuar assim, sinto muito dizer, mas o Fluminense vai cair", alertou Kieza.
Com a demissão de Renato Gaúcho, a aposta passou a ser nas consequências da chegada de Cuca. "Com técnico novo, todo mundo quer mostrar que tem condições de estar no time. Os treinos estão mais pegados porque todos estão correndo, se empenhando", comentou o centroavante, que se diz mais focado em ser titular do que em sua conta bancária. "Deixo este assunto para a diretoria. Os salários serão regularizados em pouco tempo", apostou.