postado em 11/09/2009 12:18
Antes de mais uma entrevista coletiva no Corinthians, Defederico fita a todos enquanto os repórteres são instruídos a falar com calma. O argentino ainda não está acostumado a se comunicar em português e frequentemente troca olhares de dúvidas com o assessor de imprensa do clube. A desenvoltura do garoto, porém, deve acontecer rapidamente graças às concentrações. Mais especificamente, ao baralho e companheiros que já jogaram longe da terra natal.
Nos dias em que o elenco passa em Itu, o camisa 10 se juntou aos colegas em rodadas de pôquer. Na mesa, segundo Elias, os colegas elevam a voz para o ex- jogador do Huracán entender o que eles dizem. Em troca, o meia-atacante estrangeiro deixa um pouco a timidez de lado para demonstrar qualidade no passatempo.
[SAIBAMAIS]"Na Argentina se joga muito pôquer nas concentrações. Fui jogando e aprendendo", relata o recém-contratado. Elias conta que o novo integrante do plantel foi tão bem nas primeiras cartadas que só perdeu para o zagueiro Paulo André. "Mas perdi mais do que ganhei nestes dias", assegura o hermano.
Seja qual for o resultado, a atividade aproxima Defederico dos atletas. E dois, em especial, têm se destacado no auxílio ao novo colega: Edu, de volta ao Brasil depois de nove anos e meio na Europa, e o também argentino Escudero. Mais experientes que o companheiro, a dupla dá dicas ao camisa 10.
"O Escudero e o Edu me facilitam bastante a adaptação porque eles sabem como é morar fora, em um país diferente", contou o meia-atacante, que, ao contrário de outro famoso argentino que passou pelo Parque São Jorge, está se dedicando para assimilar tudo o que colegas e torcedores falam.
"Me disseram que o Tevez ficou um ano e meio aqui e não aprendeu nada. Mas um pouco eu já consigo entender. Se me falam com mais calma, posso compreender bastante", argumenta o sorridente substituto de Douglas, disposto a trabalhar enquanto não conversa com família e amigos argentinos pelo computador.