postado em 14/09/2009 14:38
Quando Kim Clijsters, em março passado, anunciou que vinha treinando até seis horas por dia para retornar às quadras de tênis em agosto, o planejamento da belga era disputar o Aberto dos Estados Unidos e pegar ritmo de jogo para voltar a atuar com intensidade na temporada 2010. Tudo isso foi por água abaixo com a "surreal" campanha da belga em Nova York, que neste domingo culminou com o segundo título de Grand Slam de sua carreira.
Número um do mundo em 2003, Clijsters resolveu pendurar a raquete em abril de 2007 para se dedicar à família - acabou se casando com Bryan Lynch e tendo sua primeira filha, Jada. Neste domingo, ambos estavam no Arthur Ashe Stadium para ver a 'mãezona' superar Caroline Wozniacki e faturar o bicampeonato norte-americano.
"Isto é algo que nem nos meus sonhos mais selvagens poderia imaginar. Foi surreal", disse, incrédula, a belga, revelando que um título tão rápido não fazia parte de seus planos. "Eu queria voltar para cá e ter a sensação de jogar um Grand Slam para poder retornar no ano que vem e aprender com as experiências".
Clijsters, que garantiu ter "começado do zero" no momento em que resolveu se preparar novamente para jogar em alto nível, ainda viu seu feito ganhar em importância por causa de Jada, criança de 18 meses que após o término do encontro deste domingo desceu à quadra para festejar com a tenista.
"É possível para uma mulher ter uma família e ser uma atleta. Porém, ganhar um Grand Slam assim... é uma coisa grande na história do tênis feminino", ressaltou, embasada pela história. Antes dela, a última mãe a levantar um troféu tão importante fora Goolagong Cawley, australiana campeã de Wimbledon em 1980.