postado em 16/09/2009 14:23
Ocultado durante toda a polêmica envolvendo o Grande Prêmio de Cingapura por Flavio Briatore e Pat Symonds, Bernard Rey surgirá com importância após a saída dos dois dirigentes. Presidente da equipe Renault na Fórmula 1, o francês será o responsável por contornar o caso, sendo que esse cargo lhe foi atribuído pelo principal mandatário da montadora, o brasileiro Carlos Ghosn.[SAIBAMAIS]Nesta quarta-feira (16/9), durante o Salão do Automóvel de Frankfurt, Ghosn deu a primeira declaração oficial da Renault depois do anúncio de que Briatore e Symonds se desligaram do time depois de oito anos, realizado nesta manhã. Sem precipitação, o brasileiro pediu calma em entrevista ao diário L;Equipe.
"Examinamos os ocorridos para ver o que passou exatamente e há investigações em curso. Não podemos reagir no calor das acusações e não queremos que haja interpretações precipitadas", disse, na defensiva, o presidente da Renault, garantindo que a fábrica tem trabalhado "em colaboração" com a FIA (Federação Internacional de Automobilismo).
Sem Briatore e Symonds, acusados por Nelsinho Piquet de terem arquitetado o suposto acidente proposital para favorecer Fernando Alonso durante a prova de Cingapura, Ghosn revelou que quem responderá pelo assunto a partir de agora é o presidente da escuderia.
"Bernard Rey deve falar sobre o tema. Depositei nele minha confiança para que, uma vez se estabeleçam os fatos, possamos tomar uma decisão mais clara", afirmou, sobre o francês que, aos 63 anos, trabalha na Renault desde 1969 e assumiu a função atual em setembro de 2007. Rey, assim, aparece como o principal representante da equipe no julgamento de 21 de setembro, quando em Paris o Conselho Mundial da FIA investigará a veracidade das acusações de Nelsinho.