postado em 18/09/2009 16:50
Vestido com as cores da bandeira do Brasil, camiseta verde e amarela e calça de abrigo azul, Gustavo Kuerten chegou ao Gigantinho, em Porto Alegre, para assistir à Copa Davis próximo das 15 horas (horário de Brasília). Vida de ídolo não é fácil. Seu primeiro compromisso foi atender a imprensa. Mãos na cintura e o jeito calmo de sempre, o ex-número 1 do mundo falou sobre o confronto diante do Equador diante de um amontoado de jornalistas.
"A expectativa é boa. O tênis deu uma arrancada boa no Brasil. O Marcos (Daniel) está com o seu melhor ranking. É um sinal evidente que temos um futuro promissor. Mas o tênis brasileiro ainda precisa desenvolver bastante para chegar próximo dos melhores", analisou.
Apesar da boa fase vivida pelo tênis brasileiro, Guga fez um alerta: "Vai ser mais disputado do que as pessoas pensam". A declaração é feita com conhecimento de causa, já que Nicolas Lapentti é um dos melhores amigos do brasileiro. Juntos, eles foram campeões juvenis de duplas em Roland Garros.
Depois de ter pendurado a raquete, essa será a segunda vez que o "Manezinho da Ilha" irá acompanhar o Brasil na Davis. A primeira foi em Sorocaba, em 2008. "Dessa vez é diferente. Vale uma vaga para o Grupo Mundial", afirmou. Ele também não escondeu sua empolgação do confronto diante dos equatorianos. "Vai dar vontade de entrar na quadra. Fico até meio constrangido de não poder entrar", revelou.
Após 11 anos, a Copa Davis volta a Porto Alegre. Em 1998, Guga estava lá, na derrota brasileira por 3 a 2 para a Espanha. Apesar do resultado negativo, ele guarda algumas boas lembranças daqueles jogos.
"Uma das poucas coisas boas que tenho como lembrança é a torcida. Tenho registrado isso comigo. O jogo aqui contra o Moyá foi um dos mais emocionantes da minha carreira", analisa. Naquela partida, Kuerten saiu perdeu por 2 a 0, conseguindo a virada. Agora, Guga vai para a beira da quadra ser mais um torcedor no Gigantinho.