postado em 19/09/2009 18:09
O Brasil começou a desenhar uma vitória fácil sobre o Equador, neste sábado, pela Copa Davis. Porém, os visitantes não se intimidaram com a torcida porto-alegrense e viraram a partida de duplas sobre os brasileiros, vencendo o terceiro duelo do confronto por 3 a 2, com parciais de 3/6, 6/3, 6/4, 4/6 e 6/4.Com isso, os equatorianos lideram o confronto por 2 a 1 e estão a apenas um triunfo de retornarem ao Grupo Mundial, após terem perdido a primeira partida, na sexta-feira, e igualado o placar na segunda.
A torcida compareceu no Gigantinho neste sábado em maior número e mais empolgada. Porém isso não foi suficiente para levar a dupla mineira para a vitória. Giovanni Lapentti foi nome do jogo: emplacando diversas paralelas de direita, ele minou a confiança dos brasileiros.
Ao lado de seu irmão Nicolas, ele saiu perdendo o primeiro set para Melo e Sá. Entretanto, mesmo com o barulho vindo das arquibancadas reverteram o resultado, aproveitando-se dos vacilos dos brasileiros.
Agora, o Brasil fica nas mãos e nas raquetes de Marcos Daniel. O gaúcho precisa vencer Nicolas Lapentti, no primeiro jogado do domingo, às 16 horas (horário de Brasília). Se isso ocorrer, ele joga a responsabilidade para Thomz Bellucci, que faz o quinto jogo contra e Giovanni Lapentti.
O jogo - Os brasileiros se impuseram desde o primeiro instante. Começaram confirmando o saque para depois quebrarem o serviço dos equatorianos, em um voleio na rede de Nicolas. Largando com 2 a 0 a favor, coube a Melo e Sá administrarem a vantagem.
O primeiro serviço foi fundamental para a manutenção da dianteira. O primeiro saque não acabou sendo colocado em quadra somente quatro vezes, dificultando as ações ofensivas dos adversários. Deste modo, a primeira série terminou em 6/3, sem dificuldades.
Porém, na segunda série a situação se inverteu. Os irmãos Lapentti elevaram o seu nível, principalmente Nicolas. Apesar de ficarem a perigo em duas oportunidades, os equatorianos mantiveram a concentração para quebrarem o serviço dos brasileiros de zero no sexto game, abrindo 4 a 2.
Pela primeira vez em vantagem, os visitantes ganharam confiança e na sequência, confirmando seu saque sem ceder ponto para os brasileiros. Foram oito pontos seguidos dos equatorianos e nenhum dos donos da casa. No fim, os Lapentti fecharam o set devolvendo o placar do primeiro.
A tensão foi a tônica da terceira parte do duelo. Com a chegada de tambores, a torcida se empolgou, mas a energia não resultou em ponto na quadra. Com Giovanni praticamente não errando e achando buracos na rede brasileira, os irmãos foram aumentando a pressão até conseguirem a primeira quebra no terceiro game.
A paralela de direita do caçula estava certeira. Logo em seguida, os brasileiros devolveram. Porém, seguiam mal na partida. Melo errava lances bobos, facilitando a vida dos adversários, que novamente quebraram o serviço brasileiro, terminando o sete com um vitória por 6 a 4.
O quarto set teve disputa intensa. O jogo passou a ficar parelho, com poucas chances dadas pelos sacadores. O serviço brasileiro ficou sob pressão, precisando salvar um break point no 4 a 4.
A conservação do serviço entusiasmou os torcedores, que vibraram da maneira mais intensa de todo o fim de semana, vaiando os equatorianos e aplaudindo os brasileiros a cada ponto. A pressão resultou em duas chances de quebra para os brasileiros no saque de Giovanni. Em um voleio de Melo, o embate estava empatado por 2 a 2, com 6/4, na quarta série.
Os mineiros não aproveitaram o momento favorável, saindo perdendo por 3 a 1, desperdiçando uma chance para igualar o quinto set, no 2 a 1 para os equatorianos. No sexto game, o Brasil não jogou fora a oportunidade, igualando a série em 3 a 3, em uma bola na rede de Nicolas.
Cada fez mais próximo do fim, a partida ganhou ares de filme de suspense. No nono game, Giovanni aprofundou bem sua paralela de forehand. Com um segundo saque muito conservador, Melo foi quebrado na quarta oportunidade que os equatorianos tiveram.
Sacando para a vitória, Giovanni não encontrou dificuldades, colocando seu país em vantagem no confronto.