Porto Alegre ; Marcos Daniel lutou como poucas vezes havia feito em sua carreira. Na quarta partida do confronto diante do Equador, pelo playoff da Davis, o gaúcho precisava vencer para levar a decisão para o quinto duelo. "Fiz tudo o que dava e não dava para ganhar", comentou após perder por 3 sets a 2 para Nicolas Lapentti.
Tendo dificuldades no saque, Daniel foi quebrado diversas vezes nos dois primeiros sets, saindo derrotado de ambos. Como franco atirador, passou a arriscar mais, utilizou mais vezes o slice, achou as bolas anguladas, variando os seus golpes. Sem muitas dificuldades empatou o jogo com 6/1 e 6/2. Porém, na última série, Lapentti recuperou as forças e venceu por 8/6 ao fim de quase cinco horas de partida. "O Nicolas em tudo que ele tocava, fazia virar ouro".
O equatoriano foi um gigante. Ele conquistou todos os pontos do seu país, passando quase 12 horas em quadra. Apesar da frustração da derrota, Daniel deixava claro que fez tudo que estava ao seu alcance. "A lição é que não faltou empenho. Estou chateado por não ter ganhado. Fizemos um jogo de boa qualidade. Infelizmente não ganhamos aquele pontinho da dupla", lamentou, citando a derrota de André Sá e Marcelo Melo para os irmãos Lapentti, no sábado, considerado o ponto mais certo para o Brasil durante o fim de semana.
Pela quarta vez consecutiva os brasileiros chegaram próximos de uma vaga na primeira divisão da Davis. O fato dá forças para a equipe seguir batalhando. "O time está ganhando experiência. Tem que aprender e seguir a diante. A equipe está cada vez mais forte", considera o gaúcho de Passo Fundo, que espera superar a tristeza o quanto antes.