Superesportes

Ecclestone diz que não podia defender seu "amigo" Briatore

Agência France-Presse
postado em 24/09/2009 21:21
Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da Fórmula 1, explicou nesta quinta-feira à revista Autosport que não poderia defender se amigo Flavio Briatore, ex-patrão da escuderia Renault, banido para sempre do esporte por seu papel na trapaça arquitetada no Grande Prêmio de Cingapura de 2008. "Ele não fala mais comigo. Não sei. Acha que eu deveria tê-lo defendido, mas não poderia", alegou Ecclestone, que estava entre os 26 membros do Conselho Mundial da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) que puniram Briatore, na segunda-feira. O inglês admitiu que Briatore foi "tratado duramente". "Não acho que era necessário. Mas eu estava na comissão (que tomou a decisão), então, provavelmente, sou tão culpado quanto os outros. Foi demais. Realmente demais", reconheceu. "Sou amigo de Flavio, mas ele não lidou com o caso da forma correta", considerou Ecclestone, referindo-se à decisão do italiano de não se explicar ao Conselho Mundial. "Ele poderia ter agido de outra forma. Teria levado apenas uma advertência...", estimou o britânico, proprietário - junto com Briatore - do clube de futebol Queens Park Rangers, da segunda divisão inglesa. Ecclestone disse ainda que tentou convencer Briatore a não levar o caso à Justiça. "Se isso acontecesse, a FIA teria que se defender argumentando que ele enviou um jovem piloto ao que poderia ter sido a morte dele", observou. Briatore foi considerado culpado de ter pedido a seu piloto Nelsinho Piquet que provocasse um acidente para facilitar a vitória de seu companheiro de escuderia Fernando Alonso no GP de Cingapura de 2008. Após a decisão da Renault de afastá-lo da escuderia, Nelsinho revelou o escândalo, em troca da imunidade.

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